Todos estavam trabalhando presencialmente: surtos foram identificados em quatro escolas esta semana
A óbvia tragédia anunciada dos surtos de covid-19 nas escolas municipais de Araraquara segue seu curso com mais nove servidores contaminados esta semana. Todos estavam em trabalho presencial nas unidades, conforme determinação da Prefeitura, apesar da categoria estar em greve sanitária desde 5 de abril, baseada na ciência, justamente para proteger vidas.
Uma das servidoras passou mal ao receber o resultado positivo do teste feito nas escolas.
São mais nove trabalhadores que poderiam estar seguros cumprindo sua função a partir de casa, mas que foram obrigadas pelo governo Edinho a irem trabalhar presencialmente e agora precisarão lidar com diversos riscos terríveis: de morrer, deixar filhos órfãos, de contaminar e ser responsável pela morte de outras pessoas, de ter sequelas para o resto da vida.
Todos estes casos serão levados ao conhecimento do Ministério Público do Trabalho (MPT), que já tem procedimentos investigando a falta de segurança sanitária das escolas para aulas presenciais. Mas, isso não basta, porque, enquanto a Justiça e o MPT debatem e decidem, tem servidor se contaminando todo dia nas unidades. Temos que evitar todos os contágios, não podemos aceitar como razoável adoecer no local de trabalho por uma doença para a qual já existe vacina. Nenhuma morte é aceitável. Nenhum sequelado é aceitável.
O SISMAR faz mais um apelo à categoria: não vão ao trabalho presencial. Entrem na greve que foi deflagrada justamente para poder proteger as suas vidas! Já temos centenas de servidores protegidos, nenhum grevista foi contaminado neste mês de greve.
O departamento jurídico do Sindicato está fazendo sua parte para garantir na Justiça o direito a proteção à saúde e à vida de todos, mas nós não somos mágicos, não somos capazes de evitar o contágio da doença. Então, o único modo de você se preservar até que a Justiça nos garanta segurança sanitária é entrando para a greve.
Venha para a greve, se você não quer ser o próximo contaminado.
Os casos foram identificados em cinco escolas, sendo quatro delas com dois casos cada. Todas deveriam ser interditadas por 7 dias.
CER Judith de Barros Batelli, no Selmi Dei, 2 casos
CER. Profª Maria Enaura Malavolta Magalhães, no Vale do Sol, 1 caso
CER Profº Dr José Alfredo Amaral Gurgel, no Adalberto Roxo, 2 casos (esta unidade já teve outros 10 infectados e uma delas faleceu)
CER Cyro Guedes Ramos, no Santa Angelina, 2 casos
CER Maria da Gloria Fonseca Simoes, no Jd. Maria Luiza, 2 casos
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