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Foto do escritorSISMAR Sindicato

SISMAR e movimento grevista da Educação prestam homenagem a Queli Fernandes

Servidora faleceu de Covid-19 neste fim de semana; ela, o marido e os dois filhos se infectaram após o retorno das aulas presenciais em Araraquara



Dirigentes do SISMAR e servidores municipais da Educação de Araraquara (que estão em greve sanitária desde o dia 5 de abril) prestaram uma homenagem, na manhã desta terça-feira, 4, à educadora Queli Fernandes, do CER Professor Dr. José Alfredo Amaral Gurgel, no Jd. Adalberto Roxo.

Ela faleceu no último fim de semana devido a complicações causadas pela Covid-19, doença contraída após o retorno das aulas presenciais na cidade. Seu marido e os dois filhos também estão infectados.

Nesta manhã, em frente à unidade em que trabalhava, Queli foi lembrada com muito carinho e tristeza pelos servidores, que deixaram flores e lindas mensagens para ela no portão do CER.

A homenagem foi organizada, sem aglomerações e com todos utilizando as máscaras corretamente.

O SISMAR mais uma vez manifesta suas condolências à família e deseja profundamente a mais pronta recuperação de todos.

Infelizmente, todo o nosso empenho não foi suficiente para evitar a perda desta querida companheira, pois a Administração municipal não se sensibiliza, não se sente afetada e insiste em abrir as escolas, mesmo contra os inúmeros avisos dos cientistas e do Sindicato de que o retorno não era seguro e que causaria mortes entre servidores.

A greve sanitária da Educação municipal é uma realidade em Araraquara, está em andamento desde o dia 5 de abril e tem como base estudos científicos da USP e da Fiocruz mostrando os claros riscos da abertura precoce das atividades presenciais nas unidades educacionais.

O movimento, desde o início, é pela defesa da saúde e da vida das pessoas. A greve está protegendo os servidores que querem evitar o risco. Individualmente, ninguém poderia se negar a ir trabalhar, mas o SISMAR organizou a categoria e a greve foi deflagrada para que os servidores não sejam obrigados a correrem risco de vida desnecessário ao irem trabalhar.

Os surtos de Covid-19 registrados em pelo menos quatro unidades nas duas primeiras semanas de aula em Araraquara comprovam o alto risco que os servidores estão correndo. Não podemos admitir nenhuma morte entre servidores da Educação, porque o trabalho pode e já foi feito de maneira remota, à distância, com todos protegidos em suas casas, como manda a ciência em tempos de pandemia.

Aproveitamos para esclarecer que defendemos a suspensão imediata de aulas presencias com retorno ao ensino remoto, porém com apoio da Prefeitura para famílias com dificuldade de acesso (distribuição de tablets, chips de celular com internet, etc.) e apoio às famílias vulneráveis por meio da assistência social. Também queremos vacina para todos, sem restrição de idade para educadores e retorno presencial das aulas após controle da pandemia dentro dos parâmetros estabelecidos pela ciência (estudos da USP e da Fiocruz).

Nenhuma morte é aceitável. Escolas fechadas, vidas preservadas.

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