Situação coloca em risco a vida de trabalhadores e usuários; Sindicato vai levar o caso ao Ministério Público e exigir providências imediatas da Prefeitura
Servidores e população usuária do posto de saúde (Estratégia de Saúde da Família - ESF) do bairro Adalberto Roxo, em Araraquara, correm mais risco de adoecer dentro da unidade do que fora dela.
Diretores do SISMAR visitaram a ESF na manhã desta sexta-feira, 19, e logo encontraram muita sujeira no chão, salas sem ventilação com até seis pessoas trabalhando simultaneamente e uma sala interditada por falta de higienização após atendimento de paciente com Covid-19. Duas servidoras desta unidade já testaram positivo para a doença.
Para o SISMAR, manter uma unidade de saúde sem higienização adequada em meio à pandemia mais mortal do século é um atentado à saúde pública. Não adianta montar estrutura com hospital de campanha e ampliar a capacidade de atendimento da UPA, se for abandonar os postos de saúde sem limpeza profissional.
Há menos de um mês, o SISMAR noticiou que a Prefeitura de Araraquara colocaria funcionários sem treinamento para proceder a limpeza das Postos de Saúde e ESFs, após cancelar o contrato com a empresa terceirizada que fazia o serviço. O resultado está aí.
Relato de servidores da unidade dão conta de que a pessoa designada pela Prefeitura para limpar o local não comparece todo dia e, quando vai, não adota procedimentos básicos de higiene, como retirar as luvas utilizadas para limpeza do banheiro antes de utilizar os utensílios da cozinha.
O SISMAR não vai admitir que os servidores trabalhem em condições inadequadas. A vida e a saúde dos servidores têm que estar em primeiro lugar.
O Sindicato vai exigir providências imediatas da Prefeitura no sentido de higienizar adequadamente a unidade e vai levar o caso ao Ministério Público do Trabalho.
Por fim, mas não menos importante, o SISMAR orienta: servidores da enfermagem, não façam a limpeza das unidades, pois não é atribuição de vocês.
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