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Foto do escritorSISMAR Sindicato

Morre Queli Fernandes, primeira vítima do retorno às aulas em Araraquara

Ela tinha 45 anos, não teve a chance de ser vacinada e foi obrigada pela Prefeitura a ir trabalhar presencialmente; outras 7 pessoas se contaminaram no mesmo local de trabalho e, mesmo assim, o governo Edinho insiste em manter escolas abertas



O SISMAR e o serviço público de Araraquara estão em luto. Queli Fernandes, 45 anos, agente educacional da Prefeitura de Araraquara, morreu na manhã deste domingo, por complicações da Covid-19. Uma tragédia anunciada. Ela deixa o marido, também internado com covid-19, e dois filhos de 19 e 10 anos também infectados. O SISMAR se solidariza com a família e se coloca inteiramente à disposição para providências que forem necessárias.


A morte de Queli era evitável, foi uma tragédia totalmente previsível, desnecessária e, por isso, não pode ser tratada como as outras 392 mortes por Covid-19 confirmadas em Araraquara desde o início da pandemia. Queli poderia estar viva cuidando de seus filhos e trabalhando, se a Prefeitura fosse responsável, ouvisse a ciência e mantivesse fechadas as escolas até o controle da pandemia, como pedem o SISMAR e os servidores em greve desde o dia 5 de abril.


Queli e os demais servidores municipais da Educação foram obrigados pela Prefeitura de Araraquara a voltar ao trabalho presencial a partir do dia 5 de abril, mesmo com os alertas de cientistas e do SISMAR de que o retorno não era seguro e provocaria infecções e mortes entre os servidores e toda a comunidade escolar. Os alunos retornaram a partir do dia 12. Depois disso, todos os dias algum servidor se contaminou, duas servidoras foram internadas e a Queli morreu, além de dezenas de alunos contaminados no mesmo período. Não é bola de cristal, é ciência.


O SISMAR e os vários especialistas ouvidos pelo Sindicato alertaram desde o início: retornar as aulas não é seguro, vão ocorrer surtos, servidores vão morrer e a pandemia vai piorar na cidade toda.


O SISMAR vai denunciar a morte da servidora aos órgãos competentes para apuração dos fatos e punição dos responsáveis.


A revolta dos servidores é maior do que nunca e a greve continua com muita força para impedirmos que mais mortes ocorram. E, infelizmente, outros servidores morrerão se as escolas continuarem abertas.


Como dizemos desde o anúncio do retorno presencial nas escolas: Nenhuma morte é aceitável. Escolas fechadas, vidas preservadas!

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