A dedicação dos GCMs e os resultados que eles apresentam, mesmo em condições extremamente precárias de trabalho, precisam ser respeitados
Um intenso debate judicial tem trazido o trabalho das Guardas Civis Municipais brasileiras para o centro das atenções. O julgamento de um caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a espera por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pode mudar o entendimento atual sobre a atuação das GCMs nos municípios.
Como estes casos sobre o papel das GCMs ainda estão em discussão nas instâncias jurídicas superiores, não vamos entrar no mérito deste debate, mas precisamos vir à público defender o trabalho e a dedicação dos Guardas Civis Municipais de Araraquara ao longo dos últimos anos, que deveriam ser motivo de orgulho para a população.
A GCM de Araraquara atua com menos da metade do efetivo determinado pela lei, sobrecarregando demais os Guardas e dificultando o trabalho diário. Os equipamentos oferecidos pela Prefeitura deixam muito a desejar, inclusive viaturas e armas não letais que não passam por manutenção adequada periodicamente, colocando em risco os Guardas Civis Municipais. Não há apoio psicológico apropriado às situações críticas e extremas vividas pela categoria. Os salários pagos pela Prefeitura estão defasados e, como o salário dos demais servidores municipais, já acumula perda de 35% de 2015 para cá.
Sem efetivo suficiente, com equipamentos precários, sem apoio psicológico e com salários tão defasados, a única explicação para a GCM de Araraquara ainda prestar um bom serviço é a dedicação plena e total dos seus membros.
A GCM de Araraquara faz muito mais do que colaborar com a segurança pública da cidade. Ela atua em defesa da população, reforçando a segurança, sim, mas também orientando, ajudando, cuidando e zelando pelo povo.
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