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Covid-19: SISMAR aciona MPT para cobrar melhores condições de trabalho na Casa Transitória

Não há treinamento específico e falta EPI na unidade que funciona 24 horas por dia, não pode parar na quarentena e que recebe pessoas de vários locais e nas piores condições de higiene e saúde física e mental


Imagem: Câmara Municipal

Não é preciso pensar muito para compreender que a Casa Transitória de Araraquara é um local com grande potencial de transmissão do coronavírus.


Com funcionamento 24 horas por dia e sem segurança, os servidores que atuam ali acolhem pessoas vulneráveis em situação de rua e também os chamados itinerantes, pessoas oriundas dos mais variados lugares que não têm onde ficar em Araraquara. Muitos dos acolhidos na Casa Transitória são dependentes químicos, muitos sem discernimento para compreender questões como contágio de doenças, muito menos a gravidade da Coivd-19, doença causada pelo coronavírus.


Em vistoria na unidade, realizada nesta quarta-feira, 25, dirigentes do SISMAR identificaram que não há condições de trabalho adequadas que colaborem para evitar a propagação do coronavírus. Não há álcool gel, não há como manter a distância necessária entre as pessoas. A constatação é de flagrante vulnerabilidade dos servidores lotados na Casa Transitória.


Considerando o período excepcional, onde o risco é potencializado, considerando a vulnerabilidade dessa equipe, ocasionada pela falta de treinamento e pela ausência de conhecimento técnico específico, e considerando ainda as peculiaridades da Casa Transitória, o departamento jurídico do SISMAR acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT), exigindo que a Prefeitura de Araraquara providencie “com a maior urgência possível, adequação das condições de trabalho” dos servidores do local.


“Se necessário com o suporte dos profissionais especializados da Secretaria de Saúde e do SESMT, com intuito de reforçar as medidas de prevenção ao contágio pelo coronavírus, preservando assim a saúde e a vida, tanto dos trabalhadores quanto daqueles que ali são acolhidos”, diz o texto da denúncia.

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