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Governo mente ao público (parte II): quem fez o laudo não visitou todas as unidades

Os autores também desconhecem a nomenclatura utilizada na Saúde, tratam CMS e UBS como unidades distintas e não analisam nenhuma ESFs; SISMAR questiona e servidores apoiam: cada unidade é diferente

 

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Questionado pelo apresentador Luís Antônio, do Jornal da EP, na manhã desta quinta-feira, 1, o secretário de governo de Araraquara, Leandro Guidolin, afirmou que todas as unidades de Saúde do Município foram visitadas pela equipe que elaborou os laudos que recomendam o corte da insalubridade de farmacêuticos, recepcionistas e de outras funções.

Entretanto, o próprio documento apresentado pelo governo Lapena ao SISMAR desmente o secretário. Segundo consta no documento, o laudo referente às unidades básicas “foi elaborado com base na UBS ‘Dr Giuseppe Aufiero Sobrinho’” e “as considerações são aplicáveis a toda a rede de UBS, uma vez que essas unidades compartilham os mesmo cargos, atividades e exposições a riscos, devendo, portanto, servir de referência padrão (paradigma similar) para os demais”.

Não precisa ser especialista para saber que uma unidade não pode servir de paradigma para todas. Basta conhecer o serviço prestado na cidade. Quem trabalha na Saúde sabe que cada unidade é diferente, tem suas particularidades que precisam ser analisadas e levadas em conta para a concessão ou não da insalubridade.

A alegação feita no laudo, de que uma unidade serve de paradigma para todas as demais, demonstra profundo desconhecimento do governo em relação às unidades de Saúde da cidade.

Aliás, em uma leitura rápida do laudo apresentado pelo próprio governo já fica evidente que o desconhecimento da estrutura da Saúde na cidade é gigante.

Além de utilizar uma única UBS como paradigma para as demais, o laudo considera que UBS e CMS (Centro Municipal de Saúde) são distintos, quando, na verdade CMS era a nomenclatura antiga e UBS é a atual, para exatamente as mesmas unidades.

O que existe de diferente na rede básica são as ESFs – Estratégias de Saúde da Família, essas sim, com características diferentes das UBSs. Mas, isso foi solenemente ignorado no laudo. Não há sequer menção às ESFs.

Temos, portanto, um laudo que não condiz com a realidade das unidades, que em nenhuma linha explicita quais as mudanças implementadas pela Administração capazes de suprimir a exposição dos servidores aos riscos biológicos a que estão expostos há mais de 20 anos, conforme os Laudos anteriores.

Pra piorar, temos um governo que mente para os jornais e para a população, para passar um ar de credibilidade, quando, no fundo, está massacrando os servidores com cortes e imposição de dificuldades dia após dia.

Não podemos aceitar que a conta sempre recaia nas costas dos Servidores Municipais.

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