Motivos têm de sobra: vem aí uma reforma administrativa que ataca a estabilidade, reduz salários e acaba com as promoções por tempo de serviço; além da ameaça de fechamento do Congresso Nacional, em um claro ataque à democracia
O SISMAR vai organizar e mobilizar os servidores municipais de todas as cidades da região para adesão à Greve Geral Nacional convocada por todas as centrais sindicais e sindicatos de luta para o dia 18 de março.
Os motivos, para quem não está por dentro dos assuntos políticos da atualidade, são os mais graves desde a fundação do SISMAR.
Existe uma proposta de reforma administrativa do governo federal que, entre outros ataques aos servidores públicos, prevê:
1- Redução de salários com redução da carga horária
2- Aumento do período probatório
3- Fim das promoções por tempo de serviço
4- Fim da estabilidade
5- Terceirizações generalizadas
Traduzindo, a reforma administrativa é o desmonte completo do que conhecemos por serviço público. Voltaríamos à época em que os governantes podiam contratar e demitir ao seu bel prazer, mantendo apenas os servidores que estivessem alinhados politicamente com o governo da vez e pagando muito pouco.
Defesa da democracia
Além de contrária à reforma administrativa, a greve dos servidores públicos de todo o País também é em defesa da democracia, das instituições democráticas. Em outras palavras, a greve de 18 de março é um ato cívico, em defesa da nossa liberdade, em defesa da nossa vida.
E o SISMAR, por força de seu Estatuto Social, tem obrigação de fazer essa defesa. É finalidade do SISMAR, de acordo com o Estatuto que rege a entidade, defender a sociedade democrática e os direitos humanos, bem como atuar no sentido de manter as instituições democráticas e elevar a cidadania ao conjunto de seus representados.
O sindicato, portanto, não pode e não vai abrir mão desta luta.
Não é segredo para ninguém que o governo federal não tem apreço pelos servidores públicos e nem pela democracia. Basta observar: as declarações do presidente e de vários ministros contra os servidores, a quantidade de militares ocupando ministérios e outros cargos no primeiro escalão (temos mais militares no governo do que há na Venezuela!), as declarações da família Bolsonaro sobre AI-5, fechamento do STF com cabo e soldado e, mais recentemente, a convocação de um ato contra o Congresso Nacional.
É greve porque é grave!
Se estava ruim para os servidores na época do governo do PT, está muito pior agora e o futuro breve é totalmente sombrio.
Se você defende o serviço público, não pode ficar de fora dessa luta. Todos à greve no dia 18 de março!
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