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Vitória da greve dos Servidores de Araraquara

Resultado ficou longe do ideal, mas prefeito Lapena, que estava irredutível, teve que ceder à pressão da categoria, receber Sindicato e servidores e negociar; assembleia lotada aprovou uma das propostas e negociações vão continuar

 



Para quem esperava um governo diferente, que valorizasse os servidores, a primeira data-base do prefeito Lapena foi uma decepção. A categoria, que em boa parte deu seu voto de confiança para o novo prefeito, esperava pelo menos a manutenção do abono pecuniário, aumento real para compensar as perdas da pandemia e o fim dos descontos no tíquete.

Só que o prefeito fez justamente o oposto: atacou a categoria, abaixou a cabeça para o Ministério Público, não recuperou nem 1% das perdas acumuladas desde a pandemia e impôs mais prejuízos.

Lapena, que foi eleito com discurso de fazer diferente dos governos anteriores, abandonou a promessa de valorizar e respeitar o Servidor Municipal, e aplicou exatamente a mesma cartilha do governo Edinho: manter perdas salariais e dificultar as negociações.

Sem mostrar os dados oficiais, o governo insistiu com a mesma conversa de seus antecessores de que a Prefeitura não tem dinheiro. Lapena também fez a mesma ameaça que a categoria ouve em toda data-base: “se dermos aumento maior vocês correm o risco de ter seus pagamentos atrasados por falta de dinheiro no caixa”.

Por isso, logo na primeira data-base do seu governo, Lapena encarou uma greve dos Servidores Municipais de Araraquara e não resistiu.

Ele não queria negociar, não queria mudar a proposta, não queria ceder. Pois, após quatro dias de greve, não só cedeu, como teve que receber Sindicato e a comissão de servidores, ouvir, negociar e mudar a proposta.

Além disso, foi convencido, na mesa de negociação, a não descontar dos grevistas os dias parados, que serão repostos no prazo de 60 dias, de acordo com cronograma que será negociado com cada chefia.

O resultado ficou longe do ideal que todos esperavam, mas seria muito pior se os Servidores não tivessem lutado bravamente.

Em assembleia lotada em frente à Prefeitura na noite da última sexta-feira, 23, os Servidores Municipais de Araraquara aprovaram a seguinte proposta:

  • Menor salário em Araraquara sobe para R$ 2,1 mil

  • Reajuste de 5,53% (IPCA) para os demais salários

  • Vale alimentação de R$ 1.050 (R$ 640 fixo e R$ 410 variável)

  • Acréscimo de duas faltas abonadas em caráter experimental por 6 meses (se o absenteísmo não aumentar, as duas abonadas a mais ficam permanentes)

  • Atestado de até 2 horas, uma vez por mês, não perde o bônus alimentação

  • Alteração da tabela para manter os mesmos percentuais de subsídio do plano de saúde


Também na mesa de negociação, que só ocorreu por causa da greve, Lapena aceitou seguir com as negociações sobre os demais itens da pauta de reivindicações e também para a construção de um novo PCCV ou reforma administrativa que contemple os anseios da categoria.

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