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Dirceu Pano abandona cidade em dia de greve da enfermagem e paralisação continua

Prefeito e diretor jurídico não estão na cidade, mesmo sabendo da greve desde sexta-feira; categoria se reuniu em assembleia e decidiu pela continuidade da paralisação



A enfermagem municipal de Américo Brasiliense, organizada pelo SISMAR, decidiu na sexta-feira, dia 10, entrar em greve a partir desta segunda-feira, caso o prefeito Dirceu Pano não abrisse diálogo com a categoria a respeito do Piso Nacional aprovado ainda em 2022 e que não é pago pela Prefeitura.

E qual foi a atitude tomada pelo prefeito, diante da greve? Foi viajar. Abandonou a cidade com mais da metade da categoria da enfermagem em greve e a população sofrendo nos postos de saúde. Fez exatamente como Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, que viajou de férias mesmo sabendo dos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. Torres está preso.

Como não havia ninguém na cidade com poderes para tomar qualquer decisão, a categoria decidiu, em assembleia, que a greve continua nesta terça-feira, 14 de março, até que a Administração abra espaço para o diálogo no sentido de atender às justíssimas reivindicações da enfermagem.

Até o momento, são dois argumentos utilizados para negar o pagamento do Piso Nacional da enfermagem: falta de dinheiro e a liminar do STF suspendendo os efeitos da lei do Piso. Porém, esses argumentos não se sustentam nem por um segundo. Primeiro, porque não foi apresentado um estudo de impacto financeiro da aplicação desse reajuste para as equipes de enfermagem. Ou seja, como podem afirmar que não têm dinheiro se nem fizeram a conta de quanto custaria conceder o reajuste? Sobre a liminar do STF, ela meramente suspende a obrigação do pagamento do Piso, mas, em nenhum momento, ela proíbe o empregador de pagar o piso.

Então, não há motivos convincentes, até o momento, para que a Prefeitura de Américo se negue a pagar o mínimo que é digno para a categoria. Não queremos luxo, queremos o que é justo.

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