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Edinho insiste e impõe perdas salariais aos servidores pelo quarto ano consecutivo

Promessa do prefeito de repor integralmente as perdas em 2023 foram palavras ao vento? Sem negociar, apenas simulando abertura de diálogo e indiferente ao sofrimento da categoria, Prefeitura mantém projeto sem qualquer avanço desde a primeira reunião


Foto de 2015 - PT

Toda e qualquer negociação que pretende ser justa pressupõe que ambos os lados cedam um pouco, para que seja possível um acordo. Pois, o que ocorreu nesta data-base de 2023 em Araraquara não pode ser definido como negociação e muito menos como diálogo por parte da Administração.

Depois de ao menos cinco reuniões com o Sindicato e comissão de servidores, envolvimento dos 18 vereadores e três assembleias da categoria, a Prefeitura simplesmente não avançou um centavo em sua proposta, rejeitada duas vezes em assembleia pela categoria, de reajuste salarial de 4,65% para o conjunto dos servidores, piso municipal de R$ 1,5 mil, zero de reajuste no tíquete, aumento do bônus alimentação para R$ 370.

Essa proposta, aprovada pela Câmara Municipal nesta terça-feira, 20, mantém as perdas salariais acumuladas nos anos de 2020 e 2021, anos em que a categoria amargou ficar sem qualquer reajuste por força de lei e reforça ainda mais a punição desumana de retirar o alimento das pessoas, mesmo quando suas faltas são justificadas. Já são 16% de perdas, salários defasados e ainda por cima a pessoa perde quase metade do tíquete em caso de falta. A reposição integral destas perdas em 2023 foi prometida verbalmente com todas as letras pelo próprio prefeito diante dos vereadores em janeiro.

Mas, o governo fechou questão e, por mais que a categoria e o sindicato apresentassem argumentos, demonstrassem o sofrimento dos servidores, por mais que servidores derramassem lágrimas sobre a mesa, não houve avanços.

O desafio que foi conseguir uma reunião com o prefeito presente já é um sinal de que há alguma distorção na compreensão por parte da Administração do que é uma data-base, do que é uma negociação. Foi necessário cercarmos fisicamente o prefeito na porte de um elevador para que ele ouvisse a voz da diretoria do SISMAR, foram necessárias horas de insistência de várias pessoas para que o prefeito simplesmente recebesse a direção do Sindicato.

O resultado, entretanto, não dependia de qualquer esforço da categoria ou do Sindicato. A decisão do governo estava tomada desde o primeiro dia, independentemente do que o Sindicato ou os servidores dissessem ou fizessem. Como em todas as outras reuniões desta data-base, o prefeito ouviu o SISMAR e a comissão, mas não mudou nada.

O nome disso, infelizmente, não é democracia participativa.

O ano de 2023 não acabou. Em 2024 haverá eleições, o que impõe que qualquer negociação salarial se resolva até abril. A diretoria do SISMAR lutará por dignidade para o funcionalismo até o fim.

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