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Indeferimento de atestados e falta de EPI podem provocar greve de servidores em Araraquara

Com pandemia no pico e hospitais quase sem leitos, Prefeitura coloca servidores do grupo de risco para trabalhar presencialmente e não fornece equipamentos de proteção individual; categoria entrou em estado de greve por más condições de trabalho e pode parar as atividades a qualquer momento a partir da próxima terça-feira



Em primeiro lugar, é preciso deixar bem claro que a vontade de todos os servidores municipais, hoje, seria voltar normalmente ao trabalho e poder retomar suas rotinas de trabalho e familiar. Esse é o objetivo maior. Ninguém aguenta mais.

Porém, não podemos simplesmente ignorar o fato de que vivemos a pandemia mais mortal dos últimos 100 anos e que os hospitais públicos e privados de Araraquara estão à beira do colapso. A Covid-19 não tem cura, mata muitas pessoas idosas e com comorbidades (mas não só) e os únicos meios de combater a transmissão do vírus são utilizando EPI (máscara, face shield e álcool gel por exemplo) e mantendo o distanciamento social (ou seja, evitar proximidade com outras pessoas).

Pois, justamente neste cenário caótico de superlotação dos hospitais e de transmissão da doença em seu nível mais alto, a Prefeitura de Araraquara determinou o retorno presencial de vários servidores sem fornecer os EPIs e, pior, negando afastamento para servidores dos grupos de risco da Covid-19.

Em outras palavras, a Prefeitura indeferiu atestados de pessoas que correm mais risco de morrer e colocou elas para trabalhar sem entregar máscaras e em locais de trabalho sem as condições sanitárias necessárias para evitar o contágio. Que nome se dá para isso?

Não havia outra saída para os servidores a não ser entrar em estado de greve, conforme foi decidido em assembleia virtual realizada na tarde desta quinta-feira, dia 4.

A categoria não aceitará trabalhar sem as condições mínimas necessárias para garantir sua saúde e sua vida.

Se os atestados não forem aceitos e se não houver condições de trabalho nas unidades com fornecimento de EPIs adequados, a greve será inevitável, pois será a única saída para salvar nossas vidas. Vejam pequenos exemplos das condições de algumas escolas:






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