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SISMAR e Araraquara em defesa dos Serviços Públicos

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O SISMAR é contra privatizações/terceirizações de quaisquer serviços públicos.

E o motivo é muito simples e fácil de entender: empresas privadas pensam primeiro no lucro, depois no lucro, em terceiro lugar no lucro e por fim, no lucro. Não há nenhum interesse público da empresa, não há preocupação nenhuma com meio ambiente, nem com a qualidade de vida das pessoas. Tudo isso é balela para enganar a população e passar a ideia de que a privatização é uma boa solução. Mas não é, tudo que visam é ao lucro.

Por isso, se for parar para pensar, todo trabalhador também é contra a privatização, porque só quem ganha alguma coisa com isso é o dono da empresa que leva a licitação (e ele ganha muito).

Vimos, recentemente, em Araraquara, o caso da CTA. O transporte público da cidade foi privatizado, os funcionários perderam seus empregos, a qualidade do serviço não melhorou e os preços subiram. Só que agora tem alguém lucrando em cima disso e a discussão sobre transporte público deixou de ser sobre atender a demanda da população e passou a ser sobre dinheiro.

Os serviços públicos são um dos pilares fundamentais de qualquer sociedade democrática.

Quem mais depende desses serviços são os trabalhadores mais pobres, aqueles que não têm como pagar por planos de saúde ou escolas privadas. A luta por um serviço público com qualidade, estrutura e eficiente é, portanto, uma luta de toda a sociedade pela melhoria da vida coletiva.

Por isso, o SISMAR vê com extrema preocupação o fato de Araraquara e mais 6 cidades da base de abrangência do Sindicato (Américo Brasiliense, Gavião Peixoto, Motuca, Nova Europa, Ribeirão Bonito e Santa Lúcia) terem aderido ao programa intitulado Universaliza SP, promovido pelo governo do Estado de São Paulo, sob a gestão do carioca Tarcísio de Freitas (Republicanos).

De acordo com o próprio governo, “o programa tem como meta atrair investimento privado e impulsionar a expansão da infraestrutura”.

Se o setor privado vai investir dinheiro, necessariamente ele vai querer receber esse investimento de volta, com lucro. Esse setor vê no Estado uma fonte de recursos para explorar, e governos comprometidos com interesses empresariais promovem cortes, privatizações e precarização dos serviços. 

Este é um debate que não pode ser feito com o coração nem com o estômago. O perigo da privatização dos serviços de saneamento é real e afeta a vida de todos de várias maneiras.

Mesmo que sua casa tenha água tratada encanada e esgoto devidamente recolhido, mesmo que você não se incomode de pagar mais pela conta, saiba que o saneamento básico afeta a saúde, a educação, a capacidade de se produzir mais e melhor, além de ter impactos na economia, no mercado imobiliário, no turismo.

Seja qual for a sua visão de mundo, seja você de esquerda ou de direita, essa privatização é ruim para toda a população e, portanto, para você.

Veja os casos emblemáticos de São Paulo e Rio de Janeiro. A Sabesp, recém privatizada, na semana passada estava jogando esgoto sem tratamento no Rio Tietê. Os cariocas, após a privatização da Cedae, em 2021, receberam água fedida e suja pelas torneiras em toda a cidade.

Por isso, a defesa dos serviços públicos, a defesa da manutenção dos serviços de saneamento como serviço público, não é apenas uma pauta dos servidores, mas de toda a classe trabalhadora e da população oprimida e explorada, em legítima defesa, em defesa do meio ambiente, em defesa da vida. 

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