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  • Greve sanitária da Educação em Araraquara tem recorde de adesões

    Movimento ganhou força após a morte da educadora Queli Fernandes e segue na luta pela proteção da vida das pessoas e pela garantia de escolas seguras para todos Hoje, 5 de maio de 2021, dia que a greve sanitária da Educação municipal de Araraquara completa um mês, o movimento já registra recorde de adesões pela manhã com a participação de quase 30% da categoria, incluindo diretores e diretoras de unidades escolares. A greve foi decidida em assembleia da categoria com o único propósito de preservar a saúde e a vida dos servidores e de toda a comunidade escolar. Desde então, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT) só aceitou conversar com o Sindicato e com os grevistas uma única vez e foi taxativo: as escolas vão continuar abertas e atendendo alunos, mesmo que isso signifique a morte de algumas pessoas, entre elas servidores. Obviamente não aceitamos esta resposta. O movimento grevista está baseado em estudos científicos atualizados da USP e da Fiocruz que demonstram a falta de segurança no ambiente escolar neste momento da pandemia na cidade. Ao contrário do pensamento do prefeito, a luta da greve sempre foi para salvar vidas, todas. Nenhuma morte é aceitável. Ainda aguardamos a Prefeitura de Araraquara mostrar em quais estudos se baseia para abrir as escolas. Mesmo com todos os alertas do Sindicato e de cientistas, muitos servidores não aderiram à greve e a primeira fatalidade ocorreu, justamente com uma servidora que não tinha comorbidades e se protegia porque sabia da gravidade da doença e do poder de contaminação do vírus. Justamente em uma unidade considerada exemplar, nova, bem ventilada. Nesta unidade exemplar, 30% dos servidores se infectaram. Cadê a segurança prometida pela Administração? A mobilização ganhou força após a morte da educadora Queli Fernandes, muito querida entre os colegas e os pais dos alunos. A partir de agora, o SISMAR espera que a mobilização continue forte nos próximos dias, para que a Prefeitura entenda de uma vez por todas que os servidores não aceitam correr o risco, no local de trabalho, de pegar uma doença que pode matar ou deixar sequelado para o resto da vida (sequelas que estamos começando a entender e que afetam todos os sistemas do nosso organismo, inclusive o sistema nervoso). Entretanto, mesmo que a adesão ao movimento caia novamente a partir de amanhã, ainda assim, o SISMAR avisa que estará firme na luta, porque sabemos que estamos protegendo a vida das pessoas. A greve é um direito de todos os trabalhadores brasileiros e a greve sanitária é ainda mais protegida pela legislação, pois há risco à saúde e à vida. O Sindicato tomou todas as providências administrativas e jurídicas para garantir os direitos dos grevistas. Qualquer atitude da Prefeitura para punir grevistas é ilegal e demonstra claramente que este governo que se diz do Trabalhador não é diferente de qualquer outro quando se trata de lidar com os servidores. O desconto dos salários dos grevistas antes de levar a greve para a Justiça é um caso exemplar de ilegalidade. O SISMAR vai protocolar uma ação coletiva na Justiça exigindo o pagamento correto dos salários imediatamente (ainda hoje, mais informações sobre isso nos canais de comunicação do SISMAR). E, quando que a Prefeitura tiver que ressarcir cada um, quem pagará não será o prefeito, com dinheiro do seu bolso, mas sim os cofres públicos. Podemos tirar duas conclusões óbvias: 1- que o Edinho não está nem aí para o dinheiro público e 2- que o prefeito do PT não respeita nem trabalhadores em greve. Estamos nós por nós, com a ciência ao nosso lado.

  • SISMAR e movimento grevista da Educação prestam homenagem a Queli Fernandes

    Servidora faleceu de Covid-19 neste fim de semana; ela, o marido e os dois filhos se infectaram após o retorno das aulas presenciais em Araraquara Dirigentes do SISMAR e servidores municipais da Educação de Araraquara (que estão em greve sanitária desde o dia 5 de abril) prestaram uma homenagem, na manhã desta terça-feira, 4, à educadora Queli Fernandes, do CER Professor Dr. José Alfredo Amaral Gurgel, no Jd. Adalberto Roxo. Ela faleceu no último fim de semana devido a complicações causadas pela Covid-19, doença contraída após o retorno das aulas presenciais na cidade. Seu marido e os dois filhos também estão infectados. Nesta manhã, em frente à unidade em que trabalhava, Queli foi lembrada com muito carinho e tristeza pelos servidores, que deixaram flores e lindas mensagens para ela no portão do CER. A homenagem foi organizada, sem aglomerações e com todos utilizando as máscaras corretamente. O SISMAR mais uma vez manifesta suas condolências à família e deseja profundamente a mais pronta recuperação de todos. Infelizmente, todo o nosso empenho não foi suficiente para evitar a perda desta querida companheira, pois a Administração municipal não se sensibiliza, não se sente afetada e insiste em abrir as escolas, mesmo contra os inúmeros avisos dos cientistas e do Sindicato de que o retorno não era seguro e que causaria mortes entre servidores. A greve sanitária da Educação municipal é uma realidade em Araraquara, está em andamento desde o dia 5 de abril e tem como base estudos científicos da USP e da Fiocruz mostrando os claros riscos da abertura precoce das atividades presenciais nas unidades educacionais. O movimento, desde o início, é pela defesa da saúde e da vida das pessoas. A greve está protegendo os servidores que querem evitar o risco. Individualmente, ninguém poderia se negar a ir trabalhar, mas o SISMAR organizou a categoria e a greve foi deflagrada para que os servidores não sejam obrigados a correrem risco de vida desnecessário ao irem trabalhar. Os surtos de Covid-19 registrados em pelo menos quatro unidades nas duas primeiras semanas de aula em Araraquara comprovam o alto risco que os servidores estão correndo. Não podemos admitir nenhuma morte entre servidores da Educação, porque o trabalho pode e já foi feito de maneira remota, à distância, com todos protegidos em suas casas, como manda a ciência em tempos de pandemia. Aproveitamos para esclarecer que defendemos a suspensão imediata de aulas presencias com retorno ao ensino remoto, porém com apoio da Prefeitura para famílias com dificuldade de acesso (distribuição de tablets, chips de celular com internet, etc.) e apoio às famílias vulneráveis por meio da assistência social. Também queremos vacina para todos, sem restrição de idade para educadores e retorno presencial das aulas após controle da pandemia dentro dos parâmetros estabelecidos pela ciência (estudos da USP e da Fiocruz). Nenhuma morte é aceitável. Escolas fechadas, vidas preservadas.

  • Morre Queli Fernandes, primeira vítima do retorno às aulas em Araraquara

    Ela tinha 45 anos, não teve a chance de ser vacinada e foi obrigada pela Prefeitura a ir trabalhar presencialmente; outras 7 pessoas se contaminaram no mesmo local de trabalho e, mesmo assim, o governo Edinho insiste em manter escolas abertas O SISMAR e o serviço público de Araraquara estão em luto. Queli Fernandes, 45 anos, agente educacional da Prefeitura de Araraquara, morreu na manhã deste domingo, por complicações da Covid-19. Uma tragédia anunciada. Ela deixa o marido, também internado com covid-19, e dois filhos de 19 e 10 anos também infectados. O SISMAR se solidariza com a família e se coloca inteiramente à disposição para providências que forem necessárias. A morte de Queli era evitável, foi uma tragédia totalmente previsível, desnecessária e, por isso, não pode ser tratada como as outras 392 mortes por Covid-19 confirmadas em Araraquara desde o início da pandemia. Queli poderia estar viva cuidando de seus filhos e trabalhando, se a Prefeitura fosse responsável, ouvisse a ciência e mantivesse fechadas as escolas até o controle da pandemia, como pedem o SISMAR e os servidores em greve desde o dia 5 de abril. Queli e os demais servidores municipais da Educação foram obrigados pela Prefeitura de Araraquara a voltar ao trabalho presencial a partir do dia 5 de abril, mesmo com os alertas de cientistas e do SISMAR de que o retorno não era seguro e provocaria infecções e mortes entre os servidores e toda a comunidade escolar. Os alunos retornaram a partir do dia 12. Depois disso, todos os dias algum servidor se contaminou, duas servidoras foram internadas e a Queli morreu, além de dezenas de alunos contaminados no mesmo período. Não é bola de cristal, é ciência. O SISMAR e os vários especialistas ouvidos pelo Sindicato alertaram desde o início: retornar as aulas não é seguro, vão ocorrer surtos, servidores vão morrer e a pandemia vai piorar na cidade toda. O SISMAR vai denunciar a morte da servidora aos órgãos competentes para apuração dos fatos e punição dos responsáveis. A revolta dos servidores é maior do que nunca e a greve continua com muita força para impedirmos que mais mortes ocorram. E, infelizmente, outros servidores morrerão se as escolas continuarem abertas. Como dizemos desde o anúncio do retorno presencial nas escolas: Nenhuma morte é aceitável. Escolas fechadas, vidas preservadas!

  • Especialistas falam sobre a greve, a covid-19 e a Educação

    Coleção de vídeos publicados pelo SISMAR com os especialistas convidados que participam da assembleias virtuais durante a greve dos servidores municipais da Educação

  • SISMAR denuncia elaboração do estatuto dos servidores de Araraquara e deixa comissão

    Sindicato não será conivente com o fato de a legislação mais importante da carreira dos servidores estar sendo feita por cargos de nomeação política, com a finalidade óbvia de favorecer a Administração e precarizar ainda mais as relações de trabalho para os novos servidores O SISMAR comunica que se retirou definitivamente, nesta quinta-feira, 29, da comissão criada para elaboração do Estatuto dos Servidores Municipais de Araraquara. A decisão foi tomada porque ficou claro, com o passar das reuniões, que a comissão tem a única e exclusiva missão de favorecer os interesses da Administração e o SISMAR não vai compactuar com isso, do mesmo modo que não compactuou com o PCCV que veio destruir a carreira dos servidores municipais. Os problemas já começam na formação da comissão: a maioria dos membros é de cargos de nomeação política e sem conhecimento técnico. A condução dos trabalhos da comissão, como podemos avaliar logo nas primeiras reuniões, tem o propósito claro de precarizar ainda mais as relações de trabalho dos novos servidores, ao invés de garantir proteção. Embora existam servidores sérios e comprometidos como membros, o SISMAR entende que a comissão é essencialmente um instrumento legitimador de mais uma perversidade do atual governo contra o funcionalismo público de Araraquara, tanto pela limitação técnica, quanto por não representar efetivamente a categoria e também pela condução impositiva daqueles que têm compromisso com os interesses nada nobres da Administração. O SISMAR protesta veementemente, portanto, contra os rumos e propósitos que degradam e reduzem a pó os direitos históricos e garantias básicas aos novos servidores e RETIRA-SE DEFINITIVAMENTE DA COMISSÃO DO ESTATUTO, reiterando o seu posicionamento em favor da valorização e da não precarização das relações entre a Administração Municipal e o funcionalismo público que, historicamente, a carrega nas costas.

  • Prefeitura esconde surto de Covid-19 em mais duas escolas e mantém unidades funcionando

    Já são cinco unidades com dois ou mais casos confirmados, mas só três foram interditadas; Caic Rubens Cruz e EMEF Waldemar Safiotti seguem abertas, mesmo com seis alunos infectados Pelo menos quatro alunos da EMEF Waldemar Safiotti e mais dois do Caic Rubens Cruz, em Araraquara, testaram positivo para Covid-19 nos últimos dias. Apesar disso, as duas unidades municipais seguem abertas nesta quarta-feira, 28, contrariando o decreto da Prefeitura que prevê a interdição do local. Três unidades já foram fechadas por surto da Covid-19 esta semana, a EMEF Henrique Scabello, no Hortênsias, e os CERs do Adalberto Roxo e da Vila Xavier. Uma das servidoras infectadas após a volta às aulas está internada. Para protegerem suas vidas, os servidores da Educação municipal de Araraquara estão em greve desde o dia 5, quando a Prefeitura determinou o retorno do trabalho presencial nas unidades. A reabertura contraria as evidências científicas que mostram que as escolas não são ambiente seguro ainda neste momento da pandemia, mesmo após a redução da contaminação devido ao correto lockdown realizado na cidade. Estudos da USP e da Fiocruz estabelecem parâmetros para a reabertura segura das escolas, mas Araraquara ainda não atingiu os números indicados pelos pesquisadores para poder fazer a retomada das aulas sem risco para servidores e alunos. A cada dia que passa, desde o retorno presencial das atividades da Educação, mais e mais servidores e alunos adoecem de Covid-19. Chega a ser inexplicável que um governo do Partido dos Trabalhadores atue contra tudo e contra todos para poder abrir escolas. Até mesmo a presidente do Partido, Gleise Hofmann, já se posicionou contrária à volta às aulas. O SISMAR já convidou três doutores, especialistas na área da Saúde, para participarem das assembleias da categoria e todos foram bem claros: não é seguro voltar as aulas presenciais neste momento. E ponto. Por outo lado, a Prefeitura não apresentou nenhum estudo científico para defender que é seguro abrir as escolas. Não apresentou, porque não tem ninguém sério que defenda o retorno. A categoria continua em greve e o Sindicato é bem claro: nenhum servidor da Educação municipal de Araraquara deve ir trabalhar. Estamos em greve para proteger a vida de todos. Você não é obrigado a se expor. Se está com medo, venha para a greve. Assine a lista de presença e não vá trabalhar. Venha fortalecer o grupo que luta por você.

  • Nota de repúdio ao crime de agressão cometido contra servidores no exercício de suas funções

    O SISMAR vem a público repudiar com veemência qualquer ato de agressão e violência, especialmente os atos cometidos na última segunda-feira, dia 26, contra um médico, um enfermeiro e um agente administrativo, durante o exercício de suas funções, na UMED da Prefeitura de Araraquara, Unidade que realiza consultas em atenção especializada e exames de imagem. O marido de uma paciente entrou na unidade com um pedaço de madeira na mão e agrediu o médico e o enfermeiro, sua esposa agrediu o agente administrativo, alegando assedio sexual durante a consulta. Ela já é paciente deste mesmo médico desde 2019 e nunca houve qualquer tipo de acusação muito menos denúncia contra ele nem feitas por ela e nem por qualquer outra pessoa. Todos foram parar na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) onde foi aberto um inquérito policial e o caso será investigado. O Assédio sexual é um crime perverso que atinge muito mais mulheres do que se pode imaginar por todo o mundo, especialmente no Brasil e que deve ser combatido com seriedade e responsabilidade. Acusações falsas podem destruir a vida do acusado e, neste caso, nenhum dos servidores envolvidos têm contra si qualquer coisa que os desabone. São servidores idôneos, concursados, cumpridores de suas funções e jamais foram sequer acusados. O sindicato está acompanhando o caso e acionou o escritório de advocacia conveniado Alberice Vanalli Carvalho Advogados Associados para acompanhar os depoimentos e assegurar que o casal fosse qualificado como agressores a servidores públicos no exercício da função, o que é crime. Não podemos admitir qualquer tipo de violência física contra pessoas como meio para resolver problemas, a humanidade já superou isso há séculos. Em uma sociedade democrática, em caso de crime, quem vai punir o criminoso é a Justiça, assim como o Sindicato deseja que seja feito com os agressores dos servidores. A paulada, a briga, o chute, são armas da ignorância e não levam à solução de nada, somente trazem mais problemas, exatamente como neste caso.

  • Terceira escola fechada em 15 dias por surto de Covid-19 em Araraquara

    Ainda dá tempo de aderir à greve sanitária; situação é tensa e dramática com ocupação de leitos de UTI em 98% Depois da interdição de dois CERs, do Adalberto Roxo e da Vila Xavier, nesta segunda, dia 26, desta vez foi interditada a EMEF Henrique Scabello, no Jardim das Hortênsias, a partir de hoje, dia 27. A Prefeitura não divulgou informações até o momento sobre quantos e quais alunos ou servidores estavam infectados na unidade e nem se tinham sintomas ou não. Porém, como a escola fechou, sabemos que pelo menos três pessoas que frequentaram a unidade por 15 dias estão infectadas com covid-19. Quantas pessoas será que eles contaminaram? Será que foi você, seu colega, ou será que foi aquele entregador que vai na sua porta amanhã? Diante destes fatos, o SISMAR insiste: Nenhum servidor da Educação municipal de Araraquara deve ir trabalhar por enquanto. O setor está em greve sanitária desde o dia 5 de abril. A greve é aberta a todos os servidores da Educação que quiserem se proteger, é pela proteção da vida das pessoas, a sua, a de todos da comunidade escolar e a de todas as nossas famílias. Não se exponha, não exponha sua família e a de seus alunos ao risco, venha para a greve. Assista a assembleia virtual às 9h e às 16h, assine a lista de presença e não vá trabalhar, sua vida está em perigo. O SISMAR tomou todas as providências jurídicas e administrativas para garantir o direito de greve a todos. Não houve desconto no pagamento do tíquete feito quando a greve já estava em andamento há duas semanas e não pode haver desconto de salário sem decisão judicial que autorize o Prefeito a fazer isso. E essa decisão judicial só acontece se a Prefeitura levar a greve para a Justiça, o que ainda não ocorreu. O ideal é que cheguemos a um acordo sem necessitar da Justiça. Mesmo assim, se o caso for para a Justiça, os dias parados serão o primeiro objeto de negociação e na maioria dos casos temos sucesso neste acordo, seja com abono desses dias ou com reposição planejada. De qualquer modo, preservar a vida ainda é mais importante do que qualquer desconto pontual de salário que possa haver no futuro, ou não precisamos estar vivos para usufruir do dinheiro? A greve é pela vida. Vacina no braço e comida no prato.

  • Quantas mortes serão necessárias para o cancelamento das aulas presenciais?

    Surtos de Covid-19 em Araraquara confirmam que retornar aulas não é seguro; Dois CERs já foram interditados, um deles com mais de 20% dos servidores infectados Exatamente conforme previsto pelo SISMAR e pelos cientistas ouvidos pelo Sindicato, Araraquara registra surtos de Covid nas escolas municipais após retomada das aulas presenciais, neste mês de abril. Dois CERs já foram interditados por sete dias a partir de hoje, 26: CER José Alfredo do Amaral Gurgel, no Jardim Adalberto Roxo, com mais de 20% dos servidores contaminados (7 infectados, entre 30 servidores), e o CER Eloá do Valle Quadros, na Vila Xavier, com outros dois casos confirmados. Todos eles estavam com a doença há pelo menos 7 dias, e transmitindo o vírus. Não é possível saber se estes nove servidores infectados não contaminaram outras pessoas, seus colegas, alunos ou familiares. Outros casos virão à tona no decorrer da semana e mais unidades podem ser interditadas. Casos no paço municipal estão chamando a atenção e serão investigados pelo Sindicato. Outros 55 servidores municipais da Educação de Araraquara também tiveram teste positivo, segundo a Prefeitura, mas eles já não estavam mais transmitindo o vírus. Isso significa que eles tiveram a doença e não souberam. Quantas pessoas eles podem ter contaminado anteriormente por serem assintomáticos (que têm a doença sem sintomas, mas transmite do mesmo jeito)? Após estes surtos na cidade, a pergunta que fica é: quantas mortes serão necessárias para que a Prefeitura cancele o retorno presencial das aulas em Araraquara? Poucos testes A testagem de covid-19 nos servidores é importante. Mas não adianta nada testar uma vez só, já que todos estão sujeitos a contaminação após os testes. A testagem tem que ser periódica. O ideal, de acordo com especialistas, é de três em três dias, mas pode ser uma vez por semana, pelo menos. Ou seja, a testagem em Araraquara feita uma só vez antes do retorno presencial dos alunos é só encenação para dar uma enganosa sensação de segurança. A Prefeitura só refez testes nos servidores das unidades visitadas pelo SISMAR. E foi com esta segunda testagem que os surtos nos dois CERs foram descobertos, provocando as interdições por uma semana. O SISMAR faz um apelo aos servidores: não omitam casos. Isso não protege a Prefeitura, nem seus colegas e nem você. Pelo contrário, omitir informações pode piorar muito o quadro de contaminações. Não é bola de cristal, é ciência O SISMAR ouviu especialistas como o Dr. Domingos Alves, professor e pesquisador da USP, que estuda a Covid-19 desde o início da pandemia, e o médico infectologista do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Ulysses de Matos. Ambos foram claros ao dizer que o retorno das aulas presenciais em Araraquara neste momento da pandemia não é seguro. Dr. Domingos Alves tem um estudo feito a pedido do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) mostrando que, para que as aulas possam voltar, a pandemia precisa estar muito mais controlada do que está hoje em Araraquara. Outro estudo científico, este da Fiocruz, também aponta que os números da pandemia precisariam estar muito menores para que seja considerado seguro retornar as aulas presenciais. A Prefeitura diz estar seguindo a ciência, mas não apresentou nenhum estudo comprovando que o retorno é seguro. Por isso, repetimos a pergunta: quantas mortes serão necessárias para que a Prefeitura cancele o retorno presencial das aulas em Araraquara? Exatamente o contrário Mesmo com os casos alarmantes, a Prefeitura emitiu nota que foi reproduzida por boa parte da imprensa dizendo que as interdições dos CER garantem a segurança dos servidores e alunos. Pois, é exatamente o contrário. As interdições mostram claramente que as escolas não são ambientes seguros neste momento da pandemia. O que está protegendo os servidores neste momento é a greve sanitária. Ou vamos aceitar que alguns servidores morram para poder deixar as escolas abertas? Quantos? Quantas mortes serão necessárias para que a Prefeitura cancele o retorno presencial das aulas em Araraquara?

  • Teste aponta que 2,3 mil pessoas podem estar com covid-19 em Araraquara

    Se 1% dos assintomáticos testados estavam positivados para a doença, pelo menos 70, dos 7 mil servidores municipais também devem estar. Será que é você ou seu colega da mesma unidade? A testagem obrigatória realizada em 600 pessoas do comércio de Araraquara detectou 6 doentes de covid-19 assintomáticos (1%). São pessoas que não desenvolvem os sintomas da doença, mas que transmitem o vírus do mesmo jeito. Ampliando a conta, 1% da população de Araraquara são 2,3 mil pessoas. Esta testagem dos assintomáticos prova que muita gente tem o vírus e não sabe. E estas pessoas, como não sabem que estão contaminadas, estão indo trabalhar, estão levando os filhos à escola, estão circulando pela cidade e provavelmente contaminando outras pessoas. Considerando este percentual de 1%, podemos supor que pelo menos 70 servidores municipais de Araraquara estão contaminados e não sabem (calculando em cima de um total aproximado de 7 mil servidores). Cada um tem a capacidade de contaminar mais oito pessoas: já seriam 560 pessoas. Se cada uma delas contaminar mais oito, já seriam 4.480 pessoas, mais de 4 mil famílias em risco. E se for você? E se for seu colega de unidade? Quanto vale este risco? Se tiver um tubarão na praia e tiver 2 mil pessoas dentro da água, você entra também? Lembrando que basta um contato para se contaminar. E basta uma contaminação para morrer ou matar alguém. Você está disposto a correr este risco? Outras perguntas: as crianças em vulnerabilidade devem ser expostas ao risco de se contaminar e ainda contaminar a família e matar todos? Ou devem ser atendidas em todas as suas necessidades com segurança pela assistência social sem exposição ao risco? Aliás, o prefeito Edinho Silva fala das famílias vulneráveis, mas nunca apresentou um relatório detalhado sobre isso: quem são, em que bairro se concentram, quais são as vulnerabilidades, o que mudou para cada uma com a pandemia? Diariamente, a secretária municipal da Saúde de Araraquara, Eliana Honain, alerta: “o vírus está circulando pela cidade.” Por que, então, colocar servidores, alunos e familiares em risco? O próprio prefeito disse em muitas ocasiões que a defesa da vida das pessoas tinha que estar acima de todo o resto. Mas, os servidores do grupo de risco só estão afastados graças a uma ação judicial movida pelo Sindicato. Se dependesse do prefeito, eles já estariam trabalhando presencialmente também. Greve da Educação Os servidores da Educação foram convocados a retornar ao trabalho presencial desde o dia 5 de abril. Desde então eles se organizaram contra o retorno, com apoio total do SISMAR. A ciência mostra que as escolas não são ambientes seguros neste momento da pandemia. Devido a isso tudo, baseados na ciência, em estudos da Fiocruz e da USP, para proteger os servidores que não querem expor suas vidas a risco, o SISMAR organiza os servidores da Educação em greve e mantém seus esforços na Justiça para preservar a saúde e a vida de todos. Quer proteger sua vida, a dos seus alunos e das famílias deles? Venha para a greve. Quer aderir? Não vá trabalhar, assista à assembleia virtual às 9h e às 16h e assine a lista de presença todos os dias. Para mais informações científicas sobre o assunto, assista aqui.

  • Santa Casa de Araraquara cancela ampliação de leitos UTI por falta de insumos para internação

    Estoque dá para os próximos 10 dias; cirurgias eletivas e não urgentes também foram canceladas A falta de insumos relacionados a internações por covid-19 na Santa Casa de Araraquara levou o hospital a cancelar a ampliação de oito leitos de UTI, segundo informações da assessoria de imprensa da entidade. O estoque dos insumos durará mais dez dias a partir desta quinta-feira, 15. A ampliação significaria praticamente dobrar a capacidade de atendimento de UTI covid da Santa Casa, que hoje oferece 10 leitos UTI, todos ocupados. “Não estamos conseguindo comprar os bloqueadores neuromusculares (rocurônio, atracúrio) e também os sedativos (fentanila, midazolan e propofol). Quando encontramos os preços são abusivos”, completa a nota da Santa Casa enviada a este jornalista pela assessoria. A alternativa tem sido participar de compras junto com o governo estadual e outras santas casas e entidades. “Trabalhamos fortemente junto aos fornecedores e participamos da ata de compra do Governo Estadual. Também por meio da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo estamos participando do processo de importações para comprar medicamentos para mais 30 dias.” A demanda pelos medicamentos do “kit intubação” cresceu exponencialmente com a demanda por pacientes graves para UTI Covid desde fevereiro em todo o país. Estes medicamentos também são utilizados no centro cirúrgico, UTI geral e urgência e emergência, para qualquer necessidade de intubação. No Amazonas, no auge da crise sanitária naquele estado, pacientes chegaram a ser intubados sem sedativos, amarrados, por causa da falta destes mesmos insumos. Apesar da queda da contaminação em Araraquara em função do lockdown, desde meados de fevereiro, no pico da segunda onda da pandemia, a ocupação de leitos UTI em Araraquara não fica abaixo de 80%, segundo dados da Prefeitura. Em parte, isso pode ser resultado de a nova cepa (p.1) exigir internações mais longas, mas também há a questão da falta de leitos em outras cidades que acarreta na transferência destes pacientes para Araraquara. Hoje, 55% dos pacientes internados em UTI na cidade são de outros municípios. A taxa de ocupação destes leitos de UTI em toda rede pública e privada de Araraquara é de 90%.

  • Testes acusam mais de 10 casos de Covid-19 entre servidores da Educação em três dias

    Estes foram apenas os casos que informaram espontaneamente o Sindicato, mas deve haver muito mais gente nessa condição; número prova que não há segurança para abrir as escolas em Araraquara e a greve continua Nos três primeiros dias da Educação municipal de Araraquara em atividade presencial esta semana (5, 6 e 7 de abril), pelo menos onze servidores tiveram resultado positivo para Covid-19. Este foram apenas os casos comunicados espontaneamente ao Sindicato, o número real deve ser muito maior. Todos estavam assintomáticos. Eles não se contaminaram nas escolas, porque o trabalho presencial começou nesta segunda-feira, mas estavam indo nas unidades e podem ter contaminado outras pessoas. Além disso, outros servidores que não foram testados podem estar assintomáticos e transmitindo o vírus. A identificação destes casos assintomáticos é a prova do risco que todos estão correndo ao retornar presencialmente às unidades. Somos solidários e compreendemos o sofrimento das crianças e das famílias sem escola há um ano. Os servidores da Educação trabalharam dobrado neste ano e se dedicaram para tentar reduzir esta distância e minimizar o impacto do fechamento das unidades, justamente pela consciência do transtorno que é uma escola fechada. Queremos que as escolas possam abrir o mais rápido possível, porque entendemos o papel da escola principalmente na vida das famílias mais vulneráveis. Mas, a reabertura não pode ser feita a qualquer preço, muito menos se o preço a ser pago for a vida de alguém. Se há famílias em dificuldade neste momento não é por culpa dos servidores que querem preservar suas vidas, é porque o governo federal ignorou a pandemia, não comprou vacinas e não garantiu auxílio digno que permita às pessoas ficarem em casa, o governo estadual está mais preocupado com as eleições do que em controlar a pandemia e o governo municipal aposta que havendo leitos disponíveis está tudo bem. Quem precisa cuidar do povo são os governos, e não mandando servidores para a morte, mas com ajuda financeira para todos poderem fazer o devido isolamento social. Tem dinheiro e vontade política para tanta coisa, porque não tem para pagar auxílio? Diversas cidades, em pelo menos 14 estados, pagam auxílio emergencial municipal para seus moradores. Aproveitamos para agradecer a todos que valorizam realmente a educação e reconhecem a importância dos estudos na vida das pessoas. Agradecemos àqueles que preferem a sabedoria e o conhecimento em vez de se orgulhar de serem ignorantes, aos que valorizam o ensino de História, por exemplo, para que as barbaridades do passado não se repitam no futuro e aos que reconhecem a grandeza das universidades públicas, que tanto têm colaborado com a saúde pública e para que a vacina chegue aos brasileiros. A greve da Educação em Araraquara continua. Esperamos que a Prefeitura siga a ciência e tome suas decisões considerando a saúde e a vida de todos.

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