SISMAR
Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região
FARMÁCIA DO SERVIDOR
2ª a 6ª-feira: 8h - 18h
sábados: 8h - 12h
3335-1024
2500-0350
de 2ª a 6ª-feira, das 8h30 às 17h30
3335-9909 3335-1983 3357-1983
Resultados da busca
535 resultados encontrados com uma busca vazia
- Sindicato conclui execução da Ação da Licença Maternidade
Aos servidores beneficiados (sim, tem servidores do sexo masculino também!!), cabe apenas aguardar a tramitação de cada processo, até que os valores de cada um sejam homologados pela Justiça; Sindicato não consultará valores e prazos aleatoriamente antes do final de cada execução, pois ainda poderão ser impugnados e eventualmente ajustados em um caso ou outro. O SISMAR finalizou, nesse final de semana, a distribuição das ações de cumprimento de sentença da ação coletiva referente à Licença Maternidade, que restabeleceu as diferenças salariais pagas a menor pela Prefeitura de Araraquara em favor de mais de 900 servidores e servidoras, por ocasião do gozo da Licença e de suas prorrogações. A ação foi movida pelo Sindicato em junho de 2016, quando foi identificado um padrão de erro no lançamento dos valores do Salário Maternidade. Ela abrange o período de junho de 2011 até julho de 2020, quando a Prefeitura passou a pagar corretamente o benefício da Licença Maternidade. Em 2020, já na etapa final do processo, uma perita contábil foi designada pela Justiça a fazer os cálculos, por amostragem, dos valores devidos a 15 servidoras e na sequência já determinou o pagamento destas. Porém, nos demais casos, foi determinada a individualização da execução. O Jurídico do Sindicato procedeu à qualificação de cada um(a) e encaminhou a execução na forma coletiva, abrangendo a todos os(as) beneficiários(as), só que juntando de modo individualizado cada planilha de cálculo, devidamente atualizada, pois cada servidor tem um valor diferente para receber. É muito importante destacar que, por ser ação coletiva, não será feito nenhum repasse ao Sindicato quando cada servidor for receber seu dinheiro. Os servidores recebem o valor integral da ação, de acordo com os cálculos homologados pela Justiça. O SISMAR já distribuiu na Justiça a execução de todos os beneficiários desta ação, assim como faz em todas as ações coletivas. Não há qualquer providência que os servidores beneficiados pela ação devam tomar. Basta aguardar a convocação do SISMAR, no momento oportuno, ou seja, depois que a Justiça homologar os cálculos, a Prefeitura realizar o depósito e a Justiça liberar os valores para pagamento. Não é necessário, portanto, trazer qualquer documento. Não é necessário assinar nada em lugar nenhum. Se o teu nome está na lista, basta tão somente aguardar. Os nomes dos beneficiários da ação, bem como o lote da execução, estão neste documento, disponível para download. Eventualmente, se você teve bebê entre o período de 06/2011 e 07/2020, mas não consta da relação já divulgada, favor entrar em contato imediatamente com o Sindicato (pelo e-mail contato@sismar.org.br, assunto: Licença Maternidade) e deixar o nome e matrícula para que seja feita a conferência, caso tenha havida alguma inconsistência na geração dos cálculos, para que possa ser corrigida e a respectiva execução ser prontamente ajuizada também. Neste momento, ainda não dá para saber o valor que cada tem a receber, já que os cálculos ainda precisam ser revisados (impugnados) pela Prefeitura e depois homologados pela Justiça. Também não é possível dizer quando os valores serão pagos, já que os prazos variam de acordo com a tramitação dos processos em cada vara diferente. Por estes motivos, o SISMAR não consultará prazos e valores no decorrer dos processos antes do final de cada execução.
- Olimpíadas: Professor da academia do SISMAR sonha com Paris 2024
Depois de ficar em segundo lugar em São Paulo em Minas Gerais, Vinícius está classificado para o campeonato brasileiro de fisiculturismo e sonha em participar dos próximos jogos olímpicos O fisiculturista Vinícius Dadário, professor da academia do SISMAR, ficou em 2º lugar nos campeonatos de Body Building em Minas Gerais e em São Paulo, na categoria acima de 90kg, ambos em maio deste ano. Com esta posição, Vinícius se classificou para o campeonato brasileiro, que será realizado no Espírito Santo entre os dias 28 e 31 de julho. Um bom desempenho do professor no Campeonato Brasileiro poderia classificá-lo para as Olimpíadas de 2024. "É o meu sonho. Cresci vendo prateleiras de troféus", conta, lembrando das conquistas do padrasto tenista, Cícero Delmir Pereira. Mas, o sonho de Vinícius de participar das Olimpíadas de Paris em 2024 pode ser prejudicado por um problema que atinge quase toda a população brasileira nestes tempos de golpe, instituições podres e desgoverno: a falta de dinheiro. As despesas para participação no campeonato nacional com hospedagem, passagem e inscrição, estão em torno de R$ 4mil, dinheiro que Vinícius não tem. A dificuldade atual de Vinícius também faz lembrar da história de seu pai biológico, Ricardo da Costa, que sonhava em ser fisiculturista, mas por ser trabalhador rural não teve condições financeiras para avançar no esporte. Vinícius conta, orgulhoso, das conquistas da família. “Meu pai não conseguiu, mas deixou isso pra gente. Meu irmão, Rogério da Costa, foi campeão mundial de supino”. Provavelmente Vinícius não participará do campeonato brasileiro por falta de recursos, mas o sonho da olimpíada permanece vivo e motivando o atleta. Vinícius é professor de musculação na academia do SISMAR e atende lá das 7h às 13h. Saiba mais sobre a academia do SISMAR neste link: www.sismar.org/academia
- MPT move ação para preservar direitos dos servidores municipais da saúde
Mais uma denúncia do SISMAR se mostra verdadeira e mobiliza os órgãos competentes para garantir direitos que a Prefeitura insiste em negar ao funcionalismo; mais um exemplo de má gestão do governo Edinho que pode gerar dívida para o Município Após denúncia do SISMAR e insistência da diretoria do Sindicato, o Ministério Público do Trabalho (MPT) investigou a Prefeitura de Araraquara e decidiu mover uma ação civil pública para condenar o Município a reverter todos os descontos salariais e indenizar os servidores da Saúde que tiveram atestados médicos de contactantes rejeitados pela Administração em 2022. Na ação, o MPT pede a concessão de Tutela Antecipada para que a Prefeitura seja obrigada imediatamente a aceitar atestados médicos apresentados por profissionais de saúde que prevejam a necessidade de afastamento do trabalho do responsável por criança, adolescente ou pessoa incapaz com Covid-19, na condição de contactante ou cuidador. Segundo a denúncia do SISMAR, confirmada por testemunhas durante as investigações do MPT, a Prefeitura de Araraquara recusou atestados de servidores da saúde que estavam com crianças positivadas para Covid-19 em casa. Em alguns casos, houve desconto do dia, em outros a pessoa foi obrigada a trabalhar para não ter prejuízo financeiro, mesmo com apresentação de atestado de contactante. A Prefeitura chegou a publicar um decreto (12.789/22) discriminando claramente os servidores da Saúde, ao determinar que “os profissionais de saúde que sejam comunicantes domiciliares assintomáticos, com 3 (três) doses de vacina contra a COVID-19, não cumprirão isolamento domiciliar”. Para todos os demais trabalhadores, a regra era outra: “Para impedir a disseminação do vírus, a Gerência de Vigilância Sanitária determinará isolamento domiciliar por 7 (sete) dias ao caso índice e aos seus comunicantes domiciliares, período em que serão monitorados pelas equipes da Secretaria Municipal da Saúde”, de acordo com o mesmo decreto. O MPT considera que a intenção da Prefeitura foi segregar os profissionais de saúde como se fosse uma classe trabalhadora não merecedora dos mesmos direitos garantidos aos demais trabalhadores. “Sob a alegação genérica de ‘risco de desassistência frente à variante ômicron’, tais profissionais são tratados pelo Réu como trabalhadores de segunda classe, com menos direitos”, argumenta o procurador do Trabalho Rafael de Araújo Gomes, na inicial da ação. O documento do MPT tem 62 páginas. Nelas, Gomes elenca diversas leis, normas, instituições e regras nacionais e internacionais que a Prefeitura teria desrespeitado, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Organização Internacional do Trabalho, a convenção da Filadélfia, a declaração dos direitos da criança, a constituição federal, a Convenção sobre os Direitos da Criança, a CLT, o estatuto do idoso, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e as Diretrizes Nacionais sobre Empresas e Direitos Humanos. "Ao final da investigação ratificou o Município de Araraquara, ao se recusar a regularizar sua conduta ilícita, que continuará a violar uma miríade de princípios e direitos fundamentais humanos e do trabalhador, gerando considerável perturbação nas relações trabalhistas, culminando, ainda, no completo desequilíbrio do meio ambiente do trabalho, com intensificação injustificável dos riscos atinentes à já devassadora ameaça viral, além da ofensa aos direitos indisponíveis das crianças e adolescentes, filhos dos trabalhadores”, alega o procurador. Na ação, o MPT pede que a Prefeitura seja condenada a: 1- efetuar a reversão de todos os descontos salariais e supressão de benefícios, como ticket alimentação, impostos a funcionários que apresentaram, neste ano de 2022, atestado médico prevendo afastamento ao trabalho por ser contactante ou cuidador de crianças, adolescentes e incapazes positivados para Covid-19, e tiveram seu afastamento rejeitado e a falta ao trabalho considera injustificada, com a identificação dos casos concretos em fase de liquidação coletiva. 2- indenizar os trabalhadores que tiveram atestados médicos que previam afastamento ao trabalho na condição de contactante ou cuidador de criança, adolescente ou pessoa incapaz com Covid-19, injustificadamente recusados pelo município, mediante o pagamento de quantia não inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais). 3- indenizar o dano moral coletivo causado pelas irregularidades descritas nesta inicial mediante o pagamento de quantia não inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais). Desse modo, a Prefeitura de Araraquara mais uma vez tapa os ouvidos aos avisos do Sindicato e pode criar mais um passivo financeiro para o Município. Com as dívidas milionárias que a Prefeitura de Araraquara já tem, este tipo de conduta que causa prejuízos ao erário deveria ser investigada e seus causadores condenados a ressarcir os cofres públicos.
- Denúncia do SISMAR: MPT dá 30 dias para Prefeitura regularizar problemas da UPA Central
Relatório da própria Prefeitura de Araraquara, emitido pelo Cerest, reconheceu os problemas apontados pelo Sindicato na unidade de urgência e emergência O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) confirmou ao Ministério Público do Trabalho (MPT) as más condições de trabalho na UPA Central denunciadas pelo SISMAR em novembro do ano passado. Diante do relatório do Cerest assinado por um engenheiro em Segurança do Trabalho da própria Prefeitura, o MPT intimou o município de Araraquara a se manifestar em 30 dias sobre as irregularidades e comprovar eventuais regularizações. (documentos abaixo) Mais uma vez, o trabalho da diretoria do SISMAR obriga a Prefeitura a tomar medidas de proteção à saúde e à vida dos servidores municipais. Após vistoria na UPA, em documento com 16 páginas e 47 fotos, o Cerest confirmou as denúncias do SISMAR e concluiu que as condições de trabalho na unidade não atendem adequadamente a legislação e carecem de regularização. A situação crítica da UPA Central foi denunciada pela diretoria do Sindicato em novembro de 2021. De lá para cá, nada mudou. Ou melhor, as coisas pioraram um pouco, já que nada foi feito. Fiação elétrica exposta, cupim em quase todas as portas, salas sem ventilação, infiltração nas paredes e até um contêiner servindo como “puxadinho”, são alguns dos principais problemas identificados pelo Sindicato. No relatório do Cerest, o engenheiro em segurança do trabalho chama a atenção para o descumprimento de Normas Regulamentadoras de instalações sanitárias e de segurança nos serviços de saúde, como a falta de assento e tampo nos vasos sanitários, lixeiras, torneiras e pias inadequadas, além da falta de dispositivos com sabão e com papel toalha. É assustador, mas em meio à pandemia mais mortal dos últimos 100 anos, na principal unidade de urgência e emergência da cidade há, no mínimo, risco de incêndio, de acidentes com a mobília e de contaminação, mas a lista de problemas é enorme. Relembre: - Quase todas as portas estão com cupim, a maioria delas com os batentes muito comprometidos. - Faltam itens básicos na pediatria (como água potável e lavatório de crianças) – servidores relatam que o setor funciona porque eles trazem materiais de casa para poderem trabalhar - Cozinha e algumas salas estão sem ventiladores e sem ar condicionado - Ar condicionados estão quebrados ou sujos (calor extremo em alguns locais da unidade) - Janelas estão quebradas e precisam de apoios improvisados para ficarem abertas - Há infiltração nas paredes (por dentro e por fora do prédio) em vários lugares - Há problemas no forro (chove dentro da unidade) - Cadeiras, armários e outros equipamentos utilizados diariamente estão quebrados ou remendados com esparadrapo - Há fiação exposta em vários locais - Banheiros não tem tampa no vaso sanitário e a descarga está quebrada - Paredes estão carcomidas por dentro e por fora da unidade - Há um “puxadinho” feito com contêiner na parte externa da unidade servindo de almoxarifado - A guarita dos Guardas Civis Municipais está com fiação exposta e com banheiro vazando
- Tira-dúvidas sobre ação judicial do centralizado e da nebulização
Entenda o caso: “perguntas e respostas” para esclarecer os servidores a respeito da execução de ação civil pública envolvendo parte do pessoal do Centralizado e da Nebulização O SISMAR preparou uma série de perguntas e respostas para ajudar a esclarecer as principais dúvidas dos servidores sobre uma indenização conquistada pelo Sindicato e pelo MPT na Justiça do Trabalho para parte dos servidores do Centralizado e da Nebulização da Prefeitura de Araraquara. O caso é de 2016, sobre más condições de trabalho. Antes que surjam especulações, já antecipamos que, por se tratar de uma execução na forma coletiva, nos termos do Estatuto Social do SISMAR, os valores dessa indenização, assim que forem quitados e liberados pela Justiça, serão repassados integralmente a cada servidor beneficiário, sem qualquer taxa de custeio para o Sindicato. É o SISMAR cumprindo a nobre missão de bem servir seus representados. Seja por seus diretores, ao denunciar as irregularidades e comprova-las posteriormente (resultando em efetiva melhoria das condições de trabalho), seja por seu corpo jurídico, ao concretizar o direito de os servidores receberem aquilo que a Justiça do Trabalho entendeu devido, por toda a negligência e descaso da Administração de Araraquara. Leia e compartilhe com os colegas. 1) Do que se trata essa indenização? Lá em 2016, depois de investigar e apurar em Inquérito Civil e constatar a veracidade das denúncias do Sindicato, o Ministério Público do Trabalho (MPT) ingressou com uma Ação Civil Pública contra a Prefeitura de Araraquara sobre más condições de trabalho no Centralizado e no setor de Nebulização da Vigilância. A Prefeitura foi condenada nesta ação e o Departamento Jurídico do SISMAR está executando, em favor de parte dos servidores representados, as indenizações determinadas pela Justiça do Trabalho. Além da obrigação de indenizar um grupo de 257 servidores, o Município também foi condenado a promover uma série de adequações no Centralizado, para reduzir os riscos de acidentes e de adoecimento dos servidores, proporcionando-lhes condições mais de dignas de trabalho. Mas, as obrigações de adequar espaços e aumentar a segurança no Centralizado ainda estão em fase de cumprimento, com prazos abertos para manifestações e providências. 2) Quem vai receber essa indenização? Na petição inicial, o Procurador do Trabalho já indicou e anexou relação nominal dos beneficiários – 239 do Centralizado e outros 18 da Nebulização. De acordo com Relatório de Fiscalização de um Auditor Fiscal do Trabalho (da Gerência Regional do Trabalho - GRT), estes 257 servidores estavam expostos a uma série de agentes de risco em seus respectivos setores de trabalho, tais como: bomba de combustível, fios elétricos desencapados, resíduos de cimento, metais e madeiras, exames periódicos não realizados, falta de água potável, dentre outras irregularidades que afrontam as Normas Regulamentadoras – NRs do Ministério do Trabalho. Conforme a documentação juntada no Inquérito Civil, nem todos os setores estavam fora das normas de segurança naquele momento, em 2016. Assim, a indenização requerida e concedida pela Justiça só será paga em favor dos servidores que o Procurador do Trabalho, Dr. Rafael de Araújo Gomes, considerou mais prejudicados. Logo, não serão todos os servidores do Centralizado que receberão essa indenização. A indicação expressa dos beneficiários na petição inicial do MPT já delimita quem tem ou não tem o direito. Importante destacar que não existe qualquer instrumento legal que permita inserir qualquer outro servidor na ação além daqueles indicados na documentação anexada pelo Procurador com a petição inicial. 3) Qual o valor dessa indenização? O Município foi condenado a indenizar cada um dos 257 servidores acima referidos, no valor de R$ 4.000,00. Atualizado e acrescido dos juros legais, esse valor ficou acima de R$ 6.000,00. 4) Quando os servidores vão receber? Não há uma data específica. O pagamento ainda depende de trâmites na Justiça. A notícia boa é que a maior parte dos processos já teve a homologação dos cálculos apresentados pelo Sindicato. Porém, ainda há outros prazos legais para que, finalmente, seja determinado o pagamento e a liberação dos valores. 5) O que é preciso fazer? Nada, só aguardar. Nenhuma providência precisa ser tomada pelos servidores. O Departamento Jurídico do Sindicato já tratou de fazer a qualificação individualizada de todos os beneficiários da ACP e promoveu a distribuição dos processos para executar os créditos em favor de cada um. São 26 processos coletivos de cumprimento de sentença, com até 10 servidores em cada um. Boa parte dos processos já teve a homologação dos cálculos apresentados pelo Sindicato, mas ainda requer o tempo necessário para que outros atos possam ser praticados por ambas as partes, dentro dos prazos legais, até que finalmente seja determinado o pagamento e a liberação dos valores. Aproveitamos para destacar a imprescindibilidade do Ministério Público do Trabalho no papel conjunto na defesa da dignidade e direito dos trabalhadores. A Procuradoria do Trabalho em Araraquara foi a fundo na apuração das denúncias do Sindicato e buscou em Juízo a correção das irregularidades apuradas e a reparação indenizatória aos trabalhadores prejudicados.
- Sindicato inicia a execução de Ação Coletiva do FGTS no próximo dia 30
Portadores de doença grave que trouxerem documentos solicitados, aposentados e servidores com salário base inferior a R$ 1,5 mil terão prioridade na distribuição das execuções - (editada em 30/05 para incluir e-mail para envio da documentação) Mais de 6,6 mil servidores municipais de Araraquara – associados ou não ao SISMAR - que estavam em atividade na prefeitura entre 06/2018 e 07/2019, serão beneficiados pela ação civil coletiva movida pelo Sindicato cobrando a restituição do FGTS pago a menor pela Prefeitura neste período. A ação já transitou em julgado, não há mais recurso possível. Serão restituídos cada centavo (com atualização e os respectivos juros) daquilo que indevidamente foi sonegado pela Administração de Edinho Silva, nos recolhimentos do FGTS de cada servidor. Para poder encaminhar a execução dos valores conforme estabelecido pela Justiça (ver abaixo), o SISMAR solicita que todos aqueles servidores que tenham comprovação médica de serem portadores de moléstia grave, deverão enviar e-mail para documentosprocessofgts@gmail.com com cópias dos seguintes documentos: - último holerite, - CPF, - PIS, - Laudo ou Relatório Médico. Importante lembrar que os valores da execução dessa ação coletiva não serão liberados diretamente aos servidores, mas sim depositados nas respectivas contas vinculadas do FGTS na Caixa Econômica Federal, a serem sacados nas hipóteses autorizadas pela Lei n° 8.036/90. Com exceção dos portadores de doenças graves, de momento, recomenda-se o aguardo dos encaminhamentos dessa execução. As petições já estão devidamente elaboradas, com a qualificação de todos os substituídos e a Assessoria contábil contratada pelo SISMAR está concluindo a árdua tarefa de atualizar as quase 30.000 páginas das Planilhas de Cálculos, já homologados pelo Juízo da 1ª Vara. São 6.492 servidores com valores a receber abaixo do limite das RPVs (fixado em R$ 7.087,22) e 114 com créditos acima desse valor, a serem inscritos em precatórios. Serão, portanto, 324 processos de execução com 20 substituídos em cada e outro com 12 substituídos para recebimento por RPV e 6 processos, com 19 substituídos em cada, para inscrição em Precatório – 330 no total. Execução dos valores A Juíza da 1ª Vara do Trabalho de Araraquara, Ana Lucia Ferreira, convocou o SISMAR e o Município de Araraquara, para audiência, no intuito de estabelecer as regras para a execução dos valores homologados na ação. Para a audiência, também foi convidado o Ministério Público do Trabalho - MPT, que se fez representado pelo Procurador do Trabalho, Dr. Cássio Calvilani Dalla-Déa. Os cálculos apresentados pelo Sindicato foram homologados pela Juíza, que fará a execução dos valores a que cada um tem direito. Conforme consignou a Juíza do Trabalho, eventuais execuções individuais que forem ajuizadas “serão extintas, de imediato”, para não haver tumulto processual e duplicidade de discussão do mesmo crédito. Para tanto, já decretou, inclusive, o sigilo das Planilhas de cálculos a serem atualizadas na execução pelo Sindicato. Assim, considerando o número de substituídos na ação (exatos 6.606 servidores), o montante envolvido na condenação e considerando ainda que serão distribuídos mais de 300 processos de execução, a fim de viabilizar que os Ofícios para pagamento sejam expedidos com a máxima eficiência dos serviços na Secretaria da Vara, em respeito ao princípio da economia e celeridade processual, a Juíza propôs, com a concordância das partes e do MPT, que o Sindicato deverá distribuir as ações de execução de sentença, nas seguintes condições: - Oito processos-grupo por semana, iniciando como sendo 7 do grupo "RPV" (servidores cujos créditos homologados estão abaixo de R$ 7.087,22) e 1 do grupo "Precatório" (valores acima do limite das RPVs), com início a partir de 30/05/2022 e as demais sempre às segundas-feiras, de acordo com a seguinte ordem: 1º - Portadores de Doença Grave; 2º - Aposentados; 3º - Servidores com salário base de até R$ 1.500,00; 4º - Demais servidores observando-se a maior idade. Aqueles que, por qualquer razão, não conseguirem apresentar os documentos no decurso desta semana, poderão entregá-los até o dia 02/06/2022 (quinta-feira seguinte) para integrarem o segundo Grupo de execução ou ainda, até 09/06 (na quinta-feira subsequente) para o terceiro Grupo de execução. São consideradas moléstias graves todas aquelas elencadas no rol do artigo 13 da Resolução n° 115, do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, cujo link segue abaixo: https://atos.cnj.jus.br/files/resolucao_comp_115_29062010_01042019170435.pdf
- TJ-SP derruba liminar da Prefeitura contra greve dos servidores
Junto com a liminar, cai também a multa contra o SISMAR; decisão do Tribunal não tem relação com desconto dos dias de protesto Exatamente como o SISMAR alegou, os desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) entenderam que a Vara da Fazenda não é a instância competente para julgar dissídio de greve e, sem julgar o mérito, extinguiram, na tarde desta quarta-feira, 18, a ação movida pela Prefeitura que pedia multa para o SISMAR e proibia servidores da Educação, Segurança, Saúde e Assistência Social de aderirem à eventual greve. Em outras palavras: caiu a liminar da Prefeitura. Porém, o mérito da ação não foi julgado, não houve decisão dobre a abusividade ou não dos protestos e nem sobre a possibilidade de participação ou não de servidores em greves. Com a decisão do TJ-SP, a ação movida pela Prefeitura foi extinta, é como se ela não tivesse existido. E o que isso significa, na prática? 1- A multa aplicada ao Sindicato deixa de existir. Não há que se falar mais em pagamento daqueles R$ 50 mil. 2- Não há mais proibição prévia de participação de servidores de Araraquara em greves Contudo, é necessário deixar muto claro que esta decisão do TJ-SP não diz respeito à desconto de dias parados e muito menos é carta branca da Justiça para futuras greves de servidores na cidade. Para não haver dúvidas, esclarecemos também que: A- A decisão do TJ-SP não obriga a Prefeitura a pagar os dias parados dos servidores por conta dos protestos. B- A decisão do TJ-SP não é carta branca para greve de servidores. C- A decisão do TJ-SP não proíbe a Prefeitura de descontar os dias parados dos servidores. Enfim, mesmo com esta decisão, nada impede a Prefeitura de acionar a instância correta da Justiça da próxima vez em caso de uma eventual greve de servidores. E nada impede que a Justiça tenha o mesmo entendimento de que servidores precisam estar 100% nos locais de trabalho e que o Sindicato será multado em caso de descumprimento, como infelizmente tem sido frequente na Justiça comum. Portanto, com a liminar da Prefeitura extinta, volta-se à estaca zero em relação à possibilidade de greve: todos podem aderir, no primeiro momento, mas poderá haver desconto (conhecendo o Edinho, haverá) e a Justiça pode, novamente, determinar a presença de 100% de servidores da Saúde, Educação, Segurança Pública e Assistência Social e aplicar multa ao Sindicato. Como se vê, principalmente depois da “reforma trabalhista” e das alterações da jurisprudência impostas pelos novos Ministros do STF, as greves nos moldes tradicionais têm se tornado um instrumento cada vez mais distante da realidade dos servidores públicos, com aval da Justiça. É urgente a necessidade de a categoria debater outras formas de protesto e de mobilização alternativas às greves e que sejam fortes o suficiente para que a voz dos servidores seja ouvida e respeitada.
- Com Edinho, servidores municipais têm cada vez menos comida no prato
Em 2004, o salário base da Prefeitura de Araraquara comprava quase 3 cestas básicas; hoje, depois de mais um reajuste abaixo da inflação, compra só metade disso. A Câmara Municipal de Araraquara aprovou, na noite desta terça-feira, 17, mais um reajuste salarial dos servidores municipais abaixo da inflação. Em 6 dos últimos 8 anos, o reajuste dos servidores foi menor do que o IPCA. Isso reduz o poder de compra dos salários e obriga o servidor a viver com cada vez menos. Somente nestes últimos 5 anos e meio de governo Edinho, de 2017 para cá, o salário dos servidores acumula mais de 25% de perdas. Isso significa que a vida dos servidores piorou. Onde comiam 8, em 2016, hoje só comem 6. O projeto aprovado pelos vereadores, com 5% de reajuste em agosto e outros 5% somente em março de 2023, havia sido rejeitado pela categoria em assembleia. Porém, a decisão dos servidores não foi respeitada pela Prefeitura, que encaminhou projeto para a Câmara antes de esgotar as negociações e pressionou os vereadores a aprovarem o reajuste. Após dois anos com salários congelados, o SISMAR tentou iniciar o diálogo sobre a data-base 2022 logo em janeiro, mas as reivindicações da categoria foram ignoradas pela Prefeitura. O governo só abriu diálogo com o Sindicato quando percebeu que a mobilização dos servidores era grande. Mesmo assim, a proposta da Administração foi de 5%, ante uma inflação de 21% desde o último reajuste, em junho de 2019. Depois de 9 assembleias, uma passeata, dois protestos e apenas duas reuniões com representantes do governo (o prefeito não compareceu em nenhuma delas), a Prefeitura simplesmente fechou as portas da negociação e do diálogo e forçou a Câmara a aprovar o reajuste de 10% (menos da metade da inflação) e ainda por cima parcelado em duas vezes, sendo a segunda metade só para março de 2023. Além disso, o governo do PT acionou a Justiça para impedir que os servidores fizessem greve e descontou salário de quem protestou contra mais um ano de perdas salariais. Com a outra mão, a Prefeitura não hesita em reajustar o valor dos contratos firmados com seus fornecedores, dando o bonito nome de “reequilíbrio orçamentário”. A justificativa é que, se não aumentar o valor pago para as empresas, elas simplesmente não entregam o serviço. Pelo jeito, o lema deste governo é: “Aos empresários, tudo. Aos servidores, o rigor da lei.” Má gestão provada e comprovada A desculpa da Prefeitura para impor cada vez mais perdas salariais aos servidores é sempre a mesma: "não temos dinheiro." Mas, por que Araraquara nunca tem dinheiro para dar reajuste digno aos servidores municipais se é uma das principais cidades na região mais rica do estado mais rico do País? A resposta é muito simples: má gestão, provada e comprovada. Nos primeiros 19 anos deste século, somente em oito deles as contas da Prefeitura de Araraquara tiveram parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Nos últimos 8 anos, TODOS os pareceres foram desfavoráveis à aprovação das contas municipais. Mesmo assim, a Câmara Municipal aprovou todas as contas. Nestes últimos 22 anos, Araraquara teve apenas 2 prefeitos: Edinho Silva (PT) e Marcelo Barbieri (PMDB). Os dois desrespeitaram sistematicamente a legislação trabalhista e provocaram prejuízos milionários aos cofres públicos, dos quais muitos milhões já foram pagos e outros tantos ainda são dívida na forma de precatórios. Ambos também aumentaram outras dívidas da Prefeitura, como dívidas com o INSS, com o FGTS, restos a pagar e, mais recentemente, financiamentos enormes e de longo prazo. Hoje, a dívida total da Prefeitura passa dos R$ 850 milhões, mais da metade do que a cidade arrecada em um ano inteiro. Com gestões assim, não há dinheiro que seja suficiente. Serviço público ameaçado O persistente arrocho salarial imposto aos servidores durante todo este século XXI não é por acaso e nem é ato isolado. Junto com a desvalorização do funcionalismo, vem a piora das condições de trabalho, o abandono de prédios públicos, a falta de manutenção. Na sequência, podem apostar que vem as terceirizações e privatizações. Trata-se de um macabro processo proposital de sucateamento para viabilizar a transferência de serviços, que hoje são públicos, para a iniciativa privada. O que espanta, no caso de Araraquara (sem inocência), é que o desmonte vem do partido que defende, na teoria, o serviço público e os trabalhadores. Não adianta defender a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros nos governos do PT, se aqui em baixo, nos municípios, os representantes do partido atropelam o próprio funcionalismo da cidade e o sindicato que o representa.
- Por que a dívida da Prefeitura não pode ser justificativa para falta de reajuste?
Por mais que prefeitos e vereadores aleguem que falta dinheiro, foram as decisões deles ao longo dos últimos 20 anos que levaram Araraquara à situação financeira insustentável que se encontra; E são os servidores que têm que pagar por isso? É comum que os municípios brasileiros tenham contraído dívidas recentemente, ainda mais em tempos de crise e pandemia. A questão é que Araraquara consegue ser recordista neste quesito e a Prefeitura insiste em colocar esta conta nas costas dos servidores. Em dezembro de 2021, as dívidas de curto e de longo prazo, somadas, estavam na casa dos R$ 0,85 bilhões, equivalente a mais da metade do que a Prefeitura pretende arrecadar este ano inteiro. E esta dívida não surgiu nem na crise e nem na pandemia. Uma dívida desse tamanho não surge de repente, ela não aparece sozinha. Aliás, não é só uma dívida que Araraquara tem, são várias, e milionárias. Precatórios, financiamentos e restos a pagar (dívida que fica de um ano para o outro - simplificadamente) são as mais volumosas. Os restos a pagar são dívidas por produtos ou serviços que a Prefeitura contratou, recebeu, mas não pagou dentro do ano, ficaram para serem pagas no ano seguinte. Esta dívida de restos a pagar, hoje, é 6 vezes maior do que era em 2008. Ela subiu 600% de 2008 a 2022! Em outras palavras, a cada ano, a Prefeitura empurra uma dívida maior para o ano seguinte. Quem alimenta esta dívida não são os servidores trabalhando, mas sim a má gestão por parte do governo que não honra os pagamentos dentro do ano. Os precatórios, todos já sabemos, são direitos dos trabalhadores que foram sonegados pela Prefeitura ao longo dos anos e que agora estão sendo ressarcidos ao bolso dos servidores, por decisão da Justiça. Araraquara é a cidade que mais deve precatórios em todo o estado de SP. Quem criou essa dívida, portanto, foram os prefeitos que descumpriram a legislação trabalhista, mesmo com avisos insistentes do SISMAR de que as decisões virariam passivos trabalhistas se não fossem revistas. E a Câmara Municipal, que teria poder para barrar as ilegalidades, também ignorou os avisos do SISMAR. Os vereadores da época aprovaram leis ilegais que geraram boa parte dos precatórios que hoje são usados como justificativa pela Prefeitura para não conceder o reajuste da inflação aos servidores municipais. E não foi só o SISMAR que alertou sobre problemas que poderiam afetar o futuro da cidade. Faz oito anos consecutivos que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) dá parecer desfavorável às contas da Prefeitura de Araraquara. Mas, pelo oitavo ano consecutivo, os vereadores ignoram os alertas do Tribunal e aprovam as contas. No primeiro mandato do prefeito Edinho Silva, as contas da Prefeitura tiveram parecer negativo do TCE em 3 dos 4 anos de mandato (2002, 2003 e 2004). Mesmo assim, todas foram aprovadas pelos vereadores da época, passando por cima dos pareceres do TCE. A Câmara Municipal também deu aval para financiamentos milionários em plena pandemia, como os R$ 80 milhões para troca de iluminação pública (no mínimo, questionável), e outros R$ 30 milhões para conclusões de obras do Orçamento Participativo (dinheiro que deveria ser de dentro do orçamento e não financiado com juros). O resultado desta “inocente e bem intencionada” parceria entre executivo e legislativo ao longo dos primeiros 20 anos deste século é que a cidade está “falida”, os prefeitos ficaram livres de qualquer investigação por prejuízos aos cofres públicos e o Município não tem dinheiro minimamente para manter a zeladoria da cidade. Diante disso e da justificativa da Prefeitura para não conceder nem o reajuste da inflação aos servidores, perguntas não querem calar: São os servidores municipais que devem pagar essas dívidas? É nas costas do funcionalismo que esta conta deve ser jogada? É justo impor perdas salariais aos servidores por causa destas dívidas? O SISMAR ainda espera uma proposta justa de reajuste salarial para os servidores municipais por parte da Prefeitura. Mas, a paciência da categoria tem limite.
- Negociação da data-base de Araraquara avança com contraproposta dos servidores
Categoria rejeitou a nova proposta da Prefeitura e já elaborou outra pauta de reivindicações com reajuste de 10% e tíquete de R$ 850 sem descontos Depois de meses de silêncio da Prefeitura e após muita mobilização, atos e protestos da categoria, finalmente, as negociações da data-base dos servidores municipais de Araraquara estão ocorrendo. Em assembleia realizada nesta segunda-feira, dia 25, os servidores rejeitaram a proposta de 5% de reajuste da Prefeitura e elaboraram uma contraproposta para tentar chegar a um acordo. Sem reajuste há 3 anos, os servidores amargam mais de 21% de perdas salariais. A contraproposta dos servidores será protocolada na Prefeitura nesta terça-feira e o SISMAR aguarda uma resposta urgente da Administração. Assim que o governo se posicionar, será realizada nova assembleia para deliberação da categoria. Esta contraproposta é um aceno claro de que os servidores querem um acordo, pois a categoria está abrindo mão até mesmo do reajuste da inflação para poder avançar no diálogo. Por outro lado, cabe à Prefeitura, agora, demonstrar vontade política para atender os servidores. Contraproposta dos servidores: - Reajuste de 10% para todos os servidores (o pedido original era de 21% da inflação e mais 14% a título de valorização do funcionalismo que literalmente deu a vida nesta pandemia); - Vale alimentação de R$ 850 (manteve-se o pedido original, visto que o valor pedido ainda é menor do que o preço de uma cesta básica em Araraquara – R$ 902, de acordo com o Sincomércio); - Cumprimento integral e imediato do PCCV de 2019, incluindo as reduções de jornada e os avanços salariais prometidos há 3 anos e nunca cumpridos; - Piso salarial de R$ 1.453 para o funcionalismo, retroativo a janeiro; - Pagamento do piso nacional dos professores, retroativo a janeiro (conforme proposta da própria Prefeitura); - Majoração do vale-alimentação dos servidores inativos; - Ressarcimento de eventuais descontos salariais efetuados por causa da participação de servidores nos protestos relacionados à data-base.
- Protesto vitorioso! Edinho diz que vai apresentar nova proposta de reajuste
SISMAR convocará assembleia assim que receber o ofício da Prefeitura; Câmara Municipal intermediou a reabertura do diálogo Esta foi a primeira vitória da mobilização dos servidores municipais de Araraquara: no fim da tarde desta terça-feira, 19, após mais um dia de protesto e paralisação parcial da categoria, o prefeito Edinho Silva sinalizou que vai retomar o diálogo com o SISMAR e com os servidores para avançar nas negociações da data-base 2022. Foram 65 dias esperando uma resposta da Prefeitura e mais três semanas de atos, manifestações e paralisações contra a proposta de 5%, culminando no ato de hoje contra o absurdo parcelamento dos 5% em duas vezes. Como resultado da pressão da categoria (desacreditada por muita gente) e de todos os atores políticos da cidade e de fora dela, e com intermediação da Câmara Municipal de Araraquara, a negociação deverá ser retomada. O prefeito comprometeu-se com o presidente da Casa, Aluísio Braz, o Boi, de enviar nova proposta de reajuste para a categoria. Assim que o documento da Prefeitura com os novos percentuais for protocolado no SISMAR, o Sindicato convocará uma assembleia geral para a categoria decidir sobre a nova proposta. A mobilização de hoje foi fundamental para essa vitória. A decisão tomada em assembleia de realizar o ato de hoje se mostrou acertada. A participação de cada servidor que foi até a porta da Câmara e da Prefeitura hoje foi essencial e o apoio dos que não puderam estar lá também foi importante. Isso, nada mais é do que a tão falada “união” da categoria. Não vamos cair no erro de nos colocarmos uns contra os outros. Podemos ter muitas divergências, mas neste momento somos todos servidores municipais de Araraquara lutando pela mesma causa. Nos dividir é interesse da Administração. Lembrando que: - a inflação desde o último reajuste foi de 21,13% (IPCA), - que a cesta básica em Araraquara custa mais de R$ 900, - que as finanças da Prefeitura estão se recuperando e - que precisamos ser valorizados, pois nossa dedicação e nossas inúmeras e irreparáveis perdas nesta pandemia não podem ter sido em vão.
- SISMAR avisou: Edinho vai descontar salário de servidor, com ou sem Justiça
Com medo da greve, prefeito de Araraquara faz o que está acostumado: atacar os servidores (para surpresa de zero pessoas); a greve geral por tempo indeterminado já foi comunicada e ocorrerá caso não haja avanço nas negociações Para os servidores que participaram das assembleias recentes em Araraquara, o desconto de salário anunciado pelo Prefeito Edinho Silva (PT – pasmem!), por causa da paralisação de 1 dia promovida nesta segunda-feira, não foi novidade. O SISMAR avisou que, em se tratando do Edinho, conhecido carrasco dos servidores ao longo de todos os seus mandatos em Araraquara, este desconto ocorreria, com os sem notificação, com Justiça ou sem Justiça (assim como descontou dos professores em greve no ano passado sem acionar a Justiça – quando acionou, perdeu). Os servidores municipais, tão elogiados e homenageados durante a pandemia, estão sem reajuste salarial desde julho de 2019. De lá para cá, a inflação medida pelo IPCA foi de 21,13%, o combustível dobrou de preço, o gás de cozinha subiu 48%, os aluguéis foram reajustados em 57%, a cesta básica subiu 43%, sem falar da inflação dos alimentos. Ainda assim, infelizmente, depois de dois anos sem conceder reajuste, a Prefeitura de Araraquara ainda ignorou por 64 dias as reivindicações da categoria protocoladas dia 26 de janeiro e só respondeu aos ofícios do Sindicato poucas horas antes da assembleia realizada dia 29 de março (quando percebeu que a participação dos servidores seria grande). Este silêncio da Administração por tanto tempo (que ela chama de diálogo) doeu muito nos ouvidos dos servidores de Araraquara, já que as outras cidades da região anteciparam os reajustes do funcionalismo (todas acima de 10% - com exceção de Américo Brasiliense, que, mesmo com o índice da LRF estourado, concedeu quase 9%). Angustiados, exaustos, endividados, desvalorizados, em condições de trabalho longe das ideais, sobrecarregados e ainda assim dando suor e sangue todos os dias no local de trabalho, os servidores foram ofendidos com a oferta de reajuste de 5%, ante inflação de 21%. O ato desta segunda-feira, com a paralisação dos servidores por 24 horas, ao contrário do que afirma a Prefeitura, não foi “conclamado” pelo Sindicato, foi uma demanda espontânea e fortíssima de toda a categoria, foi um protesto, um grito diante da indecente proposta da Prefeitura. A greve ainda está por vir, a partir da próxima segunda-feira, dia 18, caso não haja avanço nas negociações. Para satisfação do prefeito, a Administração já foi notificada desta decisão (será que, havendo a notificação, não haverá desconto de salários? Conhecendo o Edinho, duvidamos). Precatórios A explicação da Prefeitura de que não tem dinheiro para conceder reajuste digno aos servidores por que tem que pagar precatórios é de um absurdo sem tamanho, beira a infantilidade. Precatórios existem porque a Prefeitura cometeu ilegalidades contra os servidores, ilegalidades reconhecidas pelas três instâncias da Justiça. Estas ilegalidades são, por exemplo, colocar servidores para trabalhar além da sua jornada e deixar de pagar o adicional de horas extras. São ações ilegais da Prefeitura que prejudicaram os servidores, tiraram dinheiro deles e tiveram que ser reparadas com ações na Justiça, ações que levam mais de uma década para serem pagas. Logo, tratando-se de ilegalidade, quem tem expertise nisso (comprovadamente pelo volume recorde de precatórios) é a Prefeitura e o prefeito Edinho Silva. A “grave situação financeira” da Prefeitura é resultado, portanto, de má gestão da coisa pública ao longo de muitos anos. Isso jamais será aceito como desculpa pela categoria para aceitar perdas salariais. Os servidores não podem e não vão pagar a conta da má gestão pública. Qualquer reajuste abaixo de 21,13% neste momento significa mais perdas salariais para uma categoria que salvou vidas e colocou Araraquara e o prefeito Edinho Silva no cenário internacional como cidade que melhor combateu a pandemia. Os servidores aguardam uma proposta decente até quinta-feira para decidirem os rumos do movimento. Caso não haja avanço, haverá greve geral dos serviços públicos municipais por tempo indeterminado a partir do dia 18. Finanças Não é mentira que a situação das finanças do município é grave e que o orçamento da saúde abocanha uma larga fatia das receitas. Mas há que se ter claro que existe uma agenda governamental e que a prefeitura escolhe o que priorizar nesta agenda. Quando a gestão diz que "os servidores precisam entender a situação da prefeitura", ela quer que os servidores priorizem a prefeitura, mas ela não quer priorizar os servidores (mais uma vez). Amargar 35% de perdas salariais ao longo desses anos é resultado de muita "compreensão" por parte dos servidores, é a matemática do descaso da prefeitura com a categoria. O que estamos cobrando e lutando para conseguir é somente o que a prefeitura JÁ DEVE aos servidores. - - - - - - - - - - - - - Não queremos luxo, queremos o que é justo: - Reposição da inflação desde julho de 2019 – hoje o índice até março/2022 é de 21,13% (IPCA) QUALQUER REAJUSTE ABAIXO DE 21,13% SIGNIFICA PERDA SALARIAL, PERDA DO PODER DE COMPRA DO SALÁRIO. Significa que o salário dos servidores vai ser suficiente para comprar menos do que comprava em 2019. - Vale-alimentação de R$ 840 A CESTA BÁSICA EM ARARAQUARA CUSTA MAIS DE R$ 900. Hoje o tíquete é de R$ 420, com bonificação extra de R$ 120 para quem não faltar. - Aumento real de 14% A INFLAÇÃO FOI DE 21,13% NESTE PERÍODO, MAS O GÁS DE COZINHA SUBIU 48%, A GASOLINA SUBIU 116%, OS ALUGUÉIS TIVERAM REAJUSTE DE 57% E A CESTA BÁSICA SUBIU 43%. Além disso, os servidores precisam ser valorizados, pois atualmente os empregos em qualquer outra atividade remuneram melhor os trabalhadores. - Instituição de uma política de recuperação de perdas salariais - pelos anos nos quais não houve reajuste ou o reajuste foi abaixo da inflação. - Elevação do prêmio assiduidade para R$ 200 mensais para todos os servidores - Instituição do 13º vale-alimentação












